Cotidiano

Acadêmicos manifestam contra atos de racismo na UFRR

Manifestação foi motivada por um caso ocorrido em dezembro de 2015, quando quatro indígenas teriam sido ofendidos no Restaurante Universitário

Acadêmicos da Universidade Federal de Roraima (UFRR) juntamente ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RR) se reuniram na manhã desta quarta-feira, 2, em frente a Reitoria da UFRR em ato de manifestação pacífica. Os estudantes reivindicam contra atos de racismo.

Segundo o advogado dos estudantes que foram ofendidos, Bruno Caciano, o caso que motivou a manifestação ocorreu em dezembro do ano passado, quando acadêmicos indígenas estavam nas dependências do Restaurante Universitário e teriam recebido ofensas de outros estudantes do curso de Medicina.

Edson Freitas, um dos acadêmicos que foi ofendido ressaltou que a ação é uma forma de provocar alterações não somente para os alunos indígenas na instituição, mas também para os próximos alunos que escolherem a unidade de ensino para estudar.

Durante a ação, a representante do DCE, Tamires Rayane, também ressaltou que na UFRR há vários locais com nomeações que homenageiam os indígenas, em contrapartida, ainda falta mais diálogo por parte da instituição com toda a comunidade estudantil.

As partes ofendidas registraram B.O (Boletim de Ocorrência) junto à ouvidoria da UFRR, nas polícias Civil e Federal. O caso está sendo investigado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/RR.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

A Universidade Federal de Roraima informou em nota publicada na sua página oficial, que recebeu a denúncia de preconceito, ocorrida no âmbito do Restaurante Universitário, no dia 17 de dezembro de 2015 e que após os trâmites iniciais, “a denúncia foi analisada pelo setor competente da instituição, que decidiu pela composição de Comissão de Sindicância”.

“Os trabalhos ainda não foram finalizados, necessitando de prorrogação para sua conclusão. A gestão da universidade repudia com veemência qualquer forma de preconceito e discriminação”, concluiu a nota.

Matéria completa na edição impressa da Folha de amanhã, 03.

Com informações de Paola Carvalho