Cotidiano

Sistema para bloquear celulares é a principal arma contra os roubos

Operadoras já estão realizando o bloqueio do aparelho mesmo que o cliente não saiba o IMEI, que é a identificação do aparelho

O sistema de cadastro de celulares bloqueados foi expandido pelas operadoras de telefonia móvel no País. Foram investidos R$ 2 milhões para incluir novas funcionalidades e novas facilidades para os clientes no sistema que registra os celulares bloqueados por roubo, furto ou extravio no Cadastro de Estações Móveis Impedidas (Cemi).

O telefone celular tem se tornado o principal alvo dos criminosos no Estado. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), foram registrados, entre janeiro e dezembro do ano passado, 231 furtos e 206 roubos de aparelhos móveis em Roraima.

As novas funcionalidades do sistema preveem uma integração automatizada do sistema com órgãos de segurança pública (Polícia Federal e Polícia Civil), o que permitirá o bloqueio do aparelho também a pedido da autoridade policial quando o usuário, vítima de um furto ou roubo, realizar o registro da ocorrência. Além disso, será possível o bloqueio de cargas de aparelhos celulares que forem furtadas ou roubadas durante o seu armazenamento no fabricante, em distribuidores, no transporte ou em pontos de vendas.

Para facilitar o pedido é importante saber o número de série do aparelho, chamado de IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel). É como se fosse o número do chassi do carro, que identifica o celular quando ele está usando a rede de telefonia móvel. Para descobrir o IMEI, basta digitar no teclado do aparelho *#06# e aparecerá um número, que deverá ser anotado e guardado.

Desde o fim do ano passado, com o objetivo de facilitar o procedimento para os seus clientes e aumentar o número de bloqueios de aparelhos celulares, as operadoras também estão realizando o bloqueio do aparelho, mesmo que o cliente não saiba o IMEI.

Para atendimento aos usuários, as prestadoras seguem procedimento comum. O cliente deve informar dados pessoais que permitam sua identificação, como RG, CPF, endereço e outras informações de segurança. O bloqueio do celular pode ser feito independentemente de onde o aparelho foi adquirido, lojas próprias, conveniadas ou rede varejista, por exemplo. Nos casos em que o cliente recupera o celular, o desbloqueio pode ser solicitado, sempre com a identificação do usuário e do aparelho.

CADASTRO – O Cemi foi desenvolvido pelas operadoras e está operacional desde o ano de 2000. É uma facilidade oferecida pelas empresas para proteger seus clientes e permitir que, além da linha, também o aparelho seja bloqueado, para evitar sua utilização indevida. Atualmente, existem 6,5 milhões de aparelhos celulares cujos bloqueios foram solicitados pelos clientes das operadoras no Brasil. Somente em 2015, 1,3 milhão de bloqueios foram solicitados.

OPERADORAS – A TIM informou que oferece, desde 2010, seguros de aparelho para todos os perfis de clientes, incluindo usuários de planos pré-pagos. A cobrança é mensal e feita diretamente no cartão de crédito. “O consumidor brasileiro, culturalmente, não está habituado a contratar seguros. Porém, temos percebido uma mudança de comportamento. A ideia é deixar o cliente protegido dos imprevistos cotidianos e sempre conectado”, afirma Fábio Freitas, diretor de serviços financeiros móveis da TIM Brasil.

A Telefônica Vivo esclareceu que oferece opções de seguro para o cliente de planos pós-pagos e planos pré-pagos. O cliente Vivo conta com dois diferentes seguros para proteger o seu aparelho celular: o Vivo Proteção Celular e o Vivo Multiproteção Celular. No seguro Vivo Proteção Celular estão cobertos aparelhos com até dois anos de uso, contra roubo e furto qualificado. Os clientes que fizeram a portabilidade para a Vivo também podem adquirir esse seguro. O valor dos seguros varia de R$ 6,99 a R$ 56,99 mensais, de acordo com o valor do aparelho.

A Folha enviou demanda para as operadoras Oi e Claro, para saber as opções de seguros aos clientes, mas até o fechamento desta matéria, às 17h de ontem, não obteve retorno. (L.G.C)