Uma invasão criminosa à sede da Defensoria Pública Estadual (DPE), no Centro de Boa Vista, por volta das 03h, do domingo, dia 13, causou um mal-estar entre funcionários e defensores públicos. Para entrar no prédio, os bandidos quebraram uma janela que fica de frente para um terreno baldio e dirigiram-se diretamente para a sala da Defensoria-Geral. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que já detém as imagens do circuito interno.
Sem uma segurança policial armada e às margens do beiral, o prédio pode ter sido alvo de pessoas viciadas em drogas. Somente um vigilante tentou conter os ladrões, que agiram rapidamente.
“Nós temos um vigilante que estava aqui [na DPE] na hora do furto, mas ele ouviu um barulho, desceu e as pessoas já tinham subido por uma janela. O que me preocupou bastante é que buscaram o gabinete do defensor-geral e reviraram todos os documentos, os processos. É uma coisa que deixa a gente apreensivo”, explicou o defensor público-geral Fabrício Ratacheski.
Diante dos fatos, Ratacheski também revelou que o sentimento de impotência impera no local, violado pela ação dos infratores. “Primeiro o sentimento de impotência gerado por essa problemática da violência, quando ficamos suscetíveis a todo tipo de ação e a gente não descarta nenhuma hipótese. Agora vai ficar a cargo da Polícia Civil. A diretora-geral já fez o Boletim de Ocorrência (B.O)”, declarou o defensor.
Assim que informado sobre o caso, alguns servidores se dirigiram ao prédio, onde receberam a informação de que polícia que já está em diligência e investigação, tendo como referência as imagens das câmeras de segurança e aguardaram a chegada da perícia para a realização dos procedimentos técnicos previsto em lei.
“A polícia já tomou depoimento do vigilante que estava de serviço quando ocorreu o fato e está trabalhando em todas as frentes. Eu acredito que eles vão explorar todas as linhas de investigação.
SEGURANÇA – A Defensoria Pública do Estado tem autonomia constitucional, sendo órgão independente, assim como o Ministério Público e os poderes Executivo e Legislativo, entretanto, de acordo com informações da DPE, somente a instituição não dispõe de uma segurança proveniente da Polícia Militar.
“É um problema que, a partir deste fato, vamos novamente solicitar que a Polícia Militar nos dê suporte. Nós temos uma vigilância privada, de uma empresa terceirizada, contratada para fazer a vigilância nos nossos dois prédios. Então agora esse trabalho da Polícia Militar me parece indispensável para a Defensoria Pública”, frisou Fabrício Ratacheski. (J.B)