Cotidiano

Cerca de 500 pessoas participam da carreata em apoio à Dilma e Lula

Os manifestantes protestam contra o vazamento 'seletivo' de informações, defendem a democracia e o direito à ampla defesa

Aproximadamente 200 carros e 100 motos, ocupados por manifestantes em defesa da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, fizeram parte na tarde de hoje do ato em defesa da democracia, realizado em todo país pela Frente Brasil Popular.

Em Boa Vista, a manifestação, segundo os organizadores, reuniu cerca de 500 pessoas, que percorreram quase toda a cidade, iniciando o trajeto pelo conjunto Pérola do Rio Branco até a Praça do Centro Cívico.

De acordo com um dos coordenadores da Frente Brasil Popular Roraima, Titonho Beserra, a manifestação em Roraima foi positivo, principalmente, para mostrar a voz de quem defende a apuração de atos de corrupção, mas que sejam feitos dentro da lei.

“Nossa avaliação é muito positiva porque parecia que aqui em Roraima só tinha quem era contra o governo. E o que vemos foram pessoas que nem mesmo estão ligadas aos partidos políticos de apoio ao ato e às entidades de movimentos sociais”, ressaltou Beserra, lembrando que a iniciativa é dos membros do PT, do PC do B e do PDT e de movimentos sociais como MST e CUT.

Titonho Beserra avaliou ainda que as manifestações tanto de apoio e como contrárias ao ato da Frente Popular fazem parte da democracia. “Nós mostramos que Roraima tem gente defendendo que a democracia sempre prevaleça. Nós vamos continuar defendendo que qualquer ato de corrupção seja apurado, ninguém mais que nós vamos continuar defendendo isso”, afirmou.

Para ele, o protesto de hoje é ainda para cobrar que as instituições fiscalizadoras façam as investigações, sem esquecer-se de dar o direito à ampla defesa. “E que não tenha vazamento seletivo, principalmente, pela rede Globo, que em questão de 3 a 4 horas de uma gravação já está saindo num jornal nacional. A gente sabe que isso aí é manipulação, isso é encomendado e a gente espera que essas coisas mudem no Brasil. Apurem, que apurem tudo, mas que seja feito dentro da lei e da Constituição”, concluiu.