Polícia Comunitária reduz índices de violência no Senador Hélio Campos

Pouco mais de três meses após ser implantado no bairro Senador Hélio Campos, na zona Oeste da Capital, o Programa Polícia Comunitária tem alcançado resultados satisfatórios no combate à criminalidade. De acordo com a Polícia Militar de Roraima, de dezembro de 2015 a janeiro de 2016 o índice de violência caiu 8,9% na localidade, considerando todos os tipos de ocorrências criminais.

Segundo o comandante da Companhia Independente de Policiamento Comunitário, major Miguel Arcanjo, o resultado é considerado significativo. “Tendo em vista que trabalhamos com policiamento inteligente, ou seja, identificando por meio de estatísticas as manchas criminais, além de atuar em parceria com a comunidade, resolvendo seus problemas sociais, é uma redução significativa”, afirmou.

O balanço também detectou que as ocorrências relacionadas a tráfico de drogas, roubos e furtos no bairro, de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016 caíram em torno de 40%. “Quando fazemos balanço e olhamos as análises criminais, separamos os crimes de patrimônio, em que era muito grande a incidência”, disse o comandante.

Os crimes de violência contra a mulher registrados no Senador Hélio Campos sofreram redução significativa no período. “Tivemos redução de 57,14% nesse tipo de crime. Quando instalamos o policiamento comunitário, não focamos apenas nisso, mas também em toda a questão da segunda malha, com fiscalização do Bope, Giro, Cavalaria, e nós priorizamos essa área para que pudéssemos minimizar esses índices criminais e dissipar essa criminalidade”, destacou.

Conforme o major, a parceria com a comunidade foi determinante para a queda nos índices de criminalidade do bairro. “É um somatório. Primeiro que instalamos os conselhos que traziam as demandas e sabíamos exatamente onde estavam os pontos incidentais desse tipo de criminalidade. Isso tem um efeito bem mais efetivo, e os índices apontados são confiáveis porque são produzidos por meio dos próprios relatórios que foram feitos em ocorrências de atendimento”, afirmou.

Outra medida destacada pelo comandante foi a implantação da rede de vizinhos protegidos. “Ensinamos a população a tomar algumas medidas para que ela não fizesse parte de um processo de vitimização, não se colocando de forma fácil na mão de meliantes, o que nos ajudou bastante a evitar pequenos incidentes, como furtos. A própria população se autoprotegendo ajuda a reduzir os índices criminais e ajuda a polícia também”, ressaltou. (L.G.C)

Conselhos Comunitários do Cidade Satélite e Conjunto Cidadão são formados

O Governo iniciou, no sábado, 19, o processo de expansão do Programa Polícia Comunitária em solenidade ocorrida na Escola Estadual Elza Breves, no Conjunto Cidadão. Na ocasião, foi realizada a posse dos Conselhos Comunitários de Segurança do bairro Cidade Satélite e Conjunto Cidadão, além da apresentação da equipe da patrulha de policiamento preventivo “Maria da Penha”.

De acordo com o major Miguel Arcanjo, a instalação de mais dois conselhos comunitários é o início da expansão do programa na Capital. “É um processo que nós estamos pegando como projetos-piloto. Penso que se a comunidade está acreditando e está nos procurando para implantar os seus conselhos é porque está dando certo”, destacou.

Os conselhos são formados por pessoas que residem na zona de atuação que, a cada quinzena, realizam reuniões para discutir, analisar, planejar e acompanhar a solução de problemas comunitários relacionados à segurança, além de desenvolver campanhas educativas, aproximando ainda mais a atuação das forças de Segurança Pública à população.

A direção de cada conselho é formada por cinco membros, sendo dois deles o comandante do Batalhão da Polícia Militar e da delegacia de polícia mais próximos, e os demais, representantes da comunidade.

A meta, conforme o comandante, é expandir o programa para outros bairros da Capital e demais municípios do interior. “A nossa meta é ter isso capilarizado em todo o município de Boa Vista. Iniciamos as tratativas dos municípios de Bonfim e Pacaraima na iminência de instalação do policiamento, porque são regiões de fronteira e pontos sensíveis onde queremos somar o policiamento comunitário com estratégia de fronteira e fortalecer essas áreas”, frisou. (L.G.C)