Depois das chuvas que ocorreram em quase todo Estado no fim de semana, que amenizaram o trabalho dos bombeiros e brigadistas que lutam para combater os focos de incêndios nos municípios, a preocupação agora é com os produtores rurais, que costumam aproveitar esse período de chuva para fazer queimadas a fim de preparar o solo para o plantio.
Segundo o subcomandante do Corpo de Bombeiros e coordenador da Operação Estiagem em Roraima, coronel Francisco Fidelis, as chuvas caíram até a tarde desta segunda-feira, porém não choveu mais desde lá. “Quando isso acontece, a tendência é voltarem os focos de incêndios. Por essa razão, as bases continuam em alerta para atender as ocorrências”, frisou.
Fidelis informou que em alguns locais as chuvas foram mais fortes e apagaram os focos de incêndios. Mas, em outros locais, o que choveu não chegou a debelar as chamas, como na maior parte do Município do Cantá, a Centro-Leste do Estado. “As chuvas nesta região ajudaram um pouco, mas o pessoal de campo continua atuando para apagar o que restou”, disse.
Segundo o subcomandante, as queimadas continuam suspensas no Estado e, quando essa prática é feita sem autorização e sob o controle de órgãos ambientais, pode provocar grandes incêndios. “Continuamos em alerta e fazendo vistorias em todo Estado, mesmo não tendo tanto combate. Os brigadistas acompanham e monitoram cada região para possíveis queimadas que algum agricultor possa vir a fazer, colocando ele e os vizinhos em risco de incêndios”, frisou.
Enquanto as precipitações de chuvas não se configurarem como regulares, a Defesa Civil Estadual, por meio do Corpo de Bombeiros, vai manter os trabalhos nas dez bases avançadas de combate a incêndio florestal nas sedes dos municípios de Amajari (Norte), Alto Alegre (Centro-Oeste), Rorainópolis (Sul), Caroebe (Sudeste) e Caracaraí (Centro-Sul), além das vilas Samaúma e Apiaú (Mucajaí, a Centro-Oeste), Campos Novos (Iracema, Centro-Sul), Itã (Caracaraí) e Félix Pinto (Cantá).
Também existem mais três Grupamentos de Combate a Incêndio Florestal (GCIF) nos quartéis do Corpo de Bombeiros de Caracaraí, Rorainópolis e de Boa Vista, para dar reposta imediata nas imediações de até 100 quilômetros das três cidades. “Com essas bases, tentamos dar uma rápida resposta aos chamados e, se não houver chuvas frequentes, as bases, inclusive as GCIF, vão continuar trabalhando no combate e monitoramento das queimadas para que a situação fique sob controle”, disse Fidelis, ao ressaltar que hoje o efetivo de militares dos bombeiros e brigadistas é de apenas 150 pessoas a cada plantão nas bases. (R.R)