O Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), recebeu mais 15 brigadistas que vieram do Estado de Tocantins (TO) para atuarem nas ações de combate aos incêndios que ocorrem nas terras indígenas de Roraima.
Com a chegada do efetivo, 165 brigadistas, sendo 120 de Roraima, 15 de Rondônia e mais 15 de Brasília, fazem o trabalho de controle à estiagem em áreas de preservação federal. As equipes foram divididas em grupos e distribuídas em três bases: duas em Iracema, Centro-Sul, nos projetos de assentamento Repartimento e Ajarani; e outra na Vila Nova Esperança, em Mucajaí, Centro-Oeste. Estão sendo atendidos os projetos de assentamento e as áreas indígenas, especificamente a Terra Indígena Yanomami, no Município de Caracaraí, região Centro-Sul de Roraima.
De acordo com o coordenador estadual do PrevFogo, Joaquim Parimé, apesar de as chuvas terem passado pela região nos últimos dias, os focos de calor e incêndios permanecem. “Esses brigadistas chegam para fazer o controle desse fogo que atinge essas áreas. Apesar de ter chovido, essa chuva só amenizou o problema, porque ainda há muitas áreas onde estão ocorrendo essas queimadas”, disse.
Conforme ele, o Ibama montou uma força-tarefa para auxiliar os brigadistas nas ações de combate. “A gente tem apoio de aeronaves. Estamos trabalhando com três helicópteros do Ibama e mais dois aviões que fazem lançamento de água, além de um caminhão para transporte de brigadistas e 30 viaturas para locomoção dos brigadistas e atender as áreas prioritárias com maior risco de danos ambientais significativos”, informou.
SATÉLITES – De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de 1º de janeiro até ontem, 31 de março, os satélites identificaram 3.004 focos de calor em todo o Estado. Por conta das chuvas que caíram em algumas localidades, os focos diminuíram. Ontem os satélites registram 62 focos. “Nos últimos três ou quatro dias, diminuíram bastante por conta das chuvas. Por isso, já retiramos pessoal de determinadas áreas”, contou o coordenador.
Além dos brigadistas que atuam nas bases do interior, a equipe conta com 15 técnicos vindos de outros estados que trabalham na sede do Ibama, em Boa Vista, oferecendo suporte às ações. “São técnicos que trabalham nas áreas operacionais, perícia de incêndio florestal, coordenadores de brigadistas, logística, apoio, financeiro, construção de documentos e geoprocessamento de mapas”, destacou.
Parimé informou que o Governo Federal já enviou mais de R$ 7 milhões somente para atender às áreas da União atingidas pela estiagem no Estado. “São R$ 7 milhões que estão sendo gastos com aeronaves, veículos, pessoal, diárias de brigadistas e passagens aéreas. Por enquanto, estamos com os recursos suficientes para atender as nossas necessidades”, disse.
Conforme ele, a previsão de meteorologistas indica a chegada de chuvas para o Estado a partir do dia 15 de abril. “Se isso se concretizar, iremos desmobilizar os brigadistas. Por enquanto não precisaremos do reforço de mais homens, mas somente se o tempo estiver favorável a não ocorrências de incêndios”, frisou. (L.G.C)