Política

Deputado quer que alunos tenham regras para usar aparelhos eletrônicos

O objetivo do projeto não é proibir, mas regulamentar, saber a hora e o espaço certo de quando trabalhar com essas mídias, justificou o parlamentar

O uso indiscriminado de aparelhos eletrônicos portáteis nas escolas públicas da rede estadual de ensino motivou o deputado Evangelista Siqueira (PT) a propor um projeto de lei para regulamentar essa utilização, por parte dos alunos, em determinados espaços.

A proposta é que o uso desses equipamentos em locais comuns à coletividade como a sala de aula, biblioteca da escola, laboratórios de informática e de estudo, além de quadras esportivas, seja proibido.

Conforme o projeto, os aparelhos serão admitidos nesses espaços desde quando usados para o desenvolvimento de atividades didáticas e pedagógicas, devidamente autorizados pelos docentes ou corpo gestor. As escolas ficam responsáveis, caso a medida seja aprovada, pela promoção de reuniões entre as equipes gestora, pedagógica, conselho de classe, pais e responsáveis para discutir a forma de fiscalização do uso indevido.

À Secretaria de Educação caberia a divulgação da regulamentação e de oferecer cursos de capacitação para discentes e docentes sobre o uso de mídias como instrumento didático e pedagógico.

O parlamentar justificou o pedido alegando que o uso inadequado das tecnologias de informação na sala de aula e nos demais espaços destinados à aprendizagem tem constituído, muitas vezes, um obstáculo ao desenvolvimento do trabalho docente.

Evangelista Siqueira ressaltou ainda que as novas ferramentas tecnológicas têm promovido revolução nas relações sociais. “O uso do celular tem influenciado bastante no aprendizado. Fizemos uma pesquisa de opinião pública por meio das redes sociais com professores, pais, alunos e gestores. O grande desafio é administrar o uso de dos aparelhos eletrônicos. Não que seja errado ou atrapalhe, pelo contrário, são tecnologias que ajudam no desenvolvimento do conhecimento, quando usadas de forma correta”, esclareceu.

De acordo com ele, o projeto quer regulamentar o horário do uso do celular. “Não é possível que o professor esteja ministrando aula e o aluno lá atrás vendo jogos, vídeos e músicas. Agora, se dentro do contexto do planejamento do professor a atividade com o celular estiver incluída, então teremos um ganho a mais para a educação. O objetivo do projeto não é proibir, mas regulamentar, saber a hora e o espaço certo de quando trabalhar com essas mídias”, justificou o parlamentar.

Na enquete realizada a maioria dos participantes opinou pela importância de regulamentação específica, que possa deixar claro em quais espaços escolares o uso dos respectivos aparelhos esteja liberado.

Com informações da Assembleia Legislativa.