Polícia

Arma utilizada por Quadros para matar três pessoas é achada por pescador

A arma utilizada pelo ex-soldado da Polícia Militar, Felipe Quadros, 22 anos, para assassinar três pessoas ano passado, foi encontrada na manhã desta sexta-feira

Um pescador que não quis se identificar ligou para o plantão da Dicap e informou que teria achado uma arma no Rio Branco e que por “medo de se envolver em alguma coisa” preferiu deixar a arma na lixeira da Escola Pescador, localizada no bairro São Pedro.

Os agentes localizaram a arma e posteriormente foi confirmado pela Polícia Militar como sendo a arma do ex-policial que estava desaparecida desde novembro passado. O policial aguarda julgamento, ele está preso no CPC (Comando de Policiamento da Capital) por ordem judicial.

O CASO

Na manhã de 9 de novembro do ano passado o então soldado da Polícia Militar, Felipe Quadros, 22 anos, executou três pessoas, com uma arma da corporação.
No primeiro caso, o crime envolveu o pai e a filha que foram mortos, por motivo passional. A ex-namorada do policial era amiga da família e recebeu apoio durante os conflitos conjugais. A ação foi registrada por uma câmera de segurança da residência da família, na rua dos Hibiscos, bairro Pricumã.

Às 06h50, a fisioterapeuta Jannyele Filgueira, 28 anos, saía de casa em direção ao trabalho, no seu veículo Fiat Pálio, cor cinza. Assim que saiu de ré no portão, foi surpreendida com uma colisão lateral do lado do motorista pelo carro. O policial estava parado na esquina esperando a mulher sair, demonstrando que tudo foi premeditado.

O pai da fisioterapeuta, Eliézio Oliveira, 50 anos, ao ouvir o barulho da forte colisão, foi em direção ao carro do policial, um Gol preto. Antes que ele tentasse abrir a porta, o policial saiu atirando e deu disparou na barriga da vítima, enquanto ainda estava dentro do automóvel. Ele saiu e se aproximou do homem já no chão e acertou mais três tiros na cabeça.

Depois disso, se dirigiu para o carro onde Jannyele estava, disparando novamente contra ela. A fisioterapeuta ainda tentou fugir, mas, nervosa, não conseguiu sair e estancou o veículo. O policial atirou quatro vezes no para-brisa dianteiro e acertou dois tiros na cabeça da fisioterapeuta, que também morreu na hora.
Depois de atirar em Jannyelle, o policial entrou na residência da família, mas, sem munição, porque o cartucho havia sido descarregado, não feriu mais ninguém. Depois, saiu do local do homicídio em direção ao bairro Caimbé, onde cometeu o terceiro crime.

Testemunhas contam que o policial matou pai e filha motivado pelo apoio que os dois davam a ex-namorada dele, que está em outro estado. Pelo fato de os dois não terem dito onde ela estava e protegerem a ex-namorada, por serem amigos, dando abrigo, por isso o policial decidira matar os dois. Os vizinhos relataram que há aproximadamente 30 dias o policial havia efetuado disparos no portão da casa da família.

TERCEIRA VÍTIMA FOI MORTA COM SEIS TIROS E VIZINHO ACABOU FERIDO COM 2 DISPAROS

Depois de sair do bairro Pricumã, Felipe Quadros, aproveitando o mesmo veículo, que ficou com a frente e parte do lado do motorista danificados, se deslocou até a rua Ruth Pinheiro, no bairro Caimbé, onde fica a residência de Ernane Rodrigues, 47 anos, que era proprietário da empresa de aluguel de veículos Locamil.

De acordo com familiares, chegando ao local, o policial chamou o filho do empresário, mas quem abriu o portão para conversar foi Ernane, que no mesmo instante foi alvejado com um tiro frontal e cinco tiros nas costas. Agentes da Delegacia Geral de Homicídios (DGH) explicaram que 14 disparos foram dados por FelipeQuadros. Quando o vizinho, conhecido como “Hulk”, começou a gritar pedindo ajuda, o soldado se virou contra ele e o atingiu com dois tiros no abdômen.