Apesar de ainda não ter ocorrência em Roraima, a gripe A (H1N1) já atinge 11 Estados brasileiros e o Distrito Federal, de acordo com dados do Ministério da Saúde. São 305 casos em todo o País. O número de mortes no primeiro trimestre deste ano decorrente da gripe A é maior do que todos os 141 infectados e 36 óbitos que ocorreram em 2015.
Mesmo com um surto epidêmico no País, os roraimenses ainda não voltaram a utilizar o álcool em gel, indicado por médicos para a assepsia das mãos. Pelo menos foi o que a reportagem da Folha constatou em drogarias e farmácias de Boa Vista.
Com a ocorrência do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus, a população tem preferido comprar repelentes ao que o álcool em gel. Vendedor de uma drogaria na avenida Ataíde Teive, bairro Liberdade, Douglas Brasil disse que a venda dos repelentes aumentou. “A carga de repelente, que custa de R$ 10 a R$ 30, chega às prateleiras e acaba rapidamente. Por outro lado, o álcool em gel, que varia de R$ 5 a R$ 15, continua com a mesma procura de meses atrás”, informou.
O gerente de uma farmácia situada na avenida Santos Dumont, bairro Aparecida, Frank Austino, afirmou que no início do ano houve aumento de aproximadamente 80% nas vendas de repelente. “No entanto, esse percentual caiu. A procura agora está dentro da normalidade”, explanou. O produto varia seu valor de R$ 10 a R$ 35, dependendo da marca e tamanho”, explicou.
Segundo ele, o álcool em gel é mais importante para questão de assepsia. “O produto, que custa de R$ 5 a R$ 30, é mais utilizado para impedir a entrada de germes e prevenir infecções. Em São Paulo, por exemplo, está tendo uma epidemia da gripe A (H1N1), e esse tipo de álcool é indispensável para combater a propagação da doença”, destacou. “Caso aconteça aqui em Roraima, com certeza as vendas do produto aumentarão”, concluiu Austino.
SINTOMAS – De acordo com os profissionais da área, os principais sintomas da gripe A (H1N1) são infecção aguda das vias aéreas e febre. Os efeitos são mais acentuados em crianças do que em adultos, podendo causar calafrios, mal-estar, dor de cabeça e de garganta, moleza, tosse seca, diarreia, vômito, fadiga e rouquidão.
CUIDADOS – Manter a higiene é essencial na prevenção da doença. Os especialistas afirmam que ações como cobrir a boca ao tossir ou espirrar e lavar as mãos, assim como a utilização de álcool em gel, podem ajudar. Além disso, ressaltam que é importante evitar permanecer em ambientes fechados e com aglomeração de pessoas. (B.B)