O número de ocorrências envolvendo crimes de homicídio e latrocínio (roubo seguido de morte) apresentou considerável queda no primeiro trimestre deste ano. A confirmação é com base nas estatísticas da Delegacia Geral de Homicídios em Roraima (DGH). No entanto, os dados apontaram crescimento das tentativas de homicídios.
Conforme análise feita pela Folha, 17 casos de homicídios consumados foram registrados nos três primeiros meses de 2016, sendo sete deles elucidados pela Polícia Civil. No ano passado, esse número foi de 26 ocorrências, com 12 casos elucidados.
Ainda em relação ao número de homicídios registrados no primeiro trimestre do ano, 06 casos foram praticados com uso de arma branca; 09, com uso de arma de fogo; e 03, com objeto contundente (paus, padras e outros). No mesmo período do ano passado, a delegacia registrou 11 ocorrências com armas brancas; 09, com armas de fogo; e 06, com uso de objetos contundentes.
Em relação aos casos de latrocínio, foram registrados 04 casos pela DGH, com uma elucidação confirmada. Três desses registros foram feitos com uso de objeto contundente e um, com uso de arma de fogo. No ano passado, foram 05 casos, todos com suas autorias definidas. Três desses casos foram realizados com uso de objeto contundente; 01, com uso de arma de fogo; e 01, com uso de arma branca.
AUMENTO – Na contramão dos itens anteriores, o número de tentativas de homicídio (quando a vítima acaba sobrevivendo ao ataque) registrou aumento nos três primeiros meses do ano. Segundo a DGH, foram computados 13 casos, onde pelo menos 05 deles tiveram suas autorias definidas. No mesmo período do ano passado, esse número foi de apenas um caso, que também teve elucidação.
Segundo a titular da DGH, Mirian Di Manso, a maioria das ocorrências está ligada a acerto de contas provenientes do tráfico de drogas, seguida das ocorrências de furto e desavenças familiares. “Na grande maioria dos casos, essas ocorrências estão relacionadas ao tráfico de drogas. Claro que temos outras situações, mas a linha de investigação sempre tende a ser direcionada a essa questão.
A única forma encontrada pela polícia de minimizar essas ocorrências é atuar de forma preventiva no combate ao tráfico, que consequentemente reduziria as correlações ligadas a outros crimes, como furtos e rixas pessoais”, destacou.
Para a delegada, os dados traduzem não só a eficiência da polícia, mas também o apoio da população na elucidação dos casos. “A população sempre foi uma grande parceira das ações da polícia no Estado. Nós temos um controle social muito presente, onde dificilmente há um crime que não exista uma testemunha ou um vizinho que não tenha uma informação relevante”, frisou. (M.L)