Pai é morto a facadas pelo filho no bairro Tancredo Neves

O auxiliar de serviços gerais, Anderson Gomes da Silva, 25 anos, que já esteve preso, acusado de roubo, foi autuado em flagrante na madrugada deste domingo, dia 19, acusado de matar o próprio pai, o pedreiro Antônio Luiz Palmeira da Silva, 49 anos.
Anderson, que até a conclusão do procedimento não sabia que o genitor não havia resistido aos golpes de faca, disse que chegou do trabalho depois das 20 horas e só investiu contra a vítima para defender a própria mãe e a esposa dele, que também estava no local. Ao saber da morte, ainda na Delegacia, ele desabou no choro. O crime ocorreu por volta das 23h10, na rua  João Evangelista de Melo, no bairro Tancredo Neves.
Porém, segundo um dos policiais militares que atendeu a ocorrência, o aluno Cabo Luiz Neves, comandante da viatura 3.1 da Ronda no Bairro, testemunhas relataram que familiares ingeriam bebida alcoólica na residência desde cedo da tarde, quando em um dado momento Anderson e Antônio começaram discutir.
Durante o desentendimento, segundo as testemunhas, o acusado teria ameaçado o pai de morte, quando a vítima duvidou e retrucou: “Faz que eu quero ver”, instante em que Anderson atacou o genitor e desferiu vários golpes, inclusive no tórax, fugindo em seguida.
Assim que a PM (Polícia Militar) chegou ao local, o pedreiro já estava sendo atendido por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e posteriormente foi encaminhado à unidade de saúde, onde recebeu atendimento especializado.
Enquanto isso, os policiais receberam informação, por meio de um cliente, que um homem todo ensanguentado teria chegado a uma pousada, localizada no mesmo bairro. Minutos depois, no local indicado, Anderson acabou preso sem resistir e foi entregue no Plantão de Polícia Genérico (PPG). 
Na Delegacia, porém, em depoimento à delegada Luciene Barbosa, Anderson Gomes deu a versão dele. Disse que estava trabalhando e chegou em casa depois das 20 horas, negou que desde cedo estivesse ingerindo bebida alcoólica na companhia do pai e de familiares.
“Ele estava quebrando tudo dentro de casa e começou a ofender minha esposa, chamando-a de vagabunda. A discussão foi piorando e ele se armou com uma faca, ameaçando de morte inclusive minha mãe. Travamos luta corporal e, ao desarmá-lo, acabei ferindo-o”, lembrou o acusado.
Depois de ser atendido no local pelo Samu, a vítima foi encaminhada à unidade médica e deu entrada no trauma às 00h02, apresentando quadro de hemorragia grave. Antônio morreu à exata 1 hora, mesmo depois de pelo menos 50 minutos de procedimento de reanimação.
O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) e, após exame de praxe, foi liberado aos familiares para sepultamento. Anderson foi entregue na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc) onde deve permanecer à disposição da Justiça.