Coordenador da campanha à reeleição de Dilma Rousseff (PT) em São Paulo, o ex-ministro e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, diz acreditar que, mesmo com os ânimos exaltados da campanha, de ambos os lados, o país não ficará dividido depois das eleições. Conforme os candidatos sobem o tom nos discursos, as “torcidas” tucana e petista mostram animosidade nas redes e mesmo nas ruas.
“Não vai acontecer uma Venezuela no Brasil. Não tem qualquer possibilidade de um processo de divisão do país. Passada a eleição, as coisas se conformam. Os partidos tomam providências de buscar tratar da vida cotidiana. É plenamente possível fazer a composição de governabilidade”, disse o petista, que é um dos principais aliados do ex-presidente Lula, de quem foi ministro do Trabalho.
Mas, enquanto a eleição não chega ao fim, o clima é de guerra. São Paulo é o estado em que o PT e a candidata Dilma foram mais derrotados no país. Agora, os petistas querem colocar na pauta do debate a crise de abastecimento de água. Marinho é um dos incentivadores. Para ele, a falta de água vai prejudicar a economia do estado e afetar o país.
Marinho afirma que o mau desempenho do partido em São Paulo se deveu não a erros da campanha, mas a uma “pregação sistemática de ódio”. No entanto, vê um erro do PT no primeiro turno. A campanha tratou da desconstrução da candidata derrotada Marina Silva (PSB) e se esqueceu de Aécio Neves (PSDB).
“Aécio ficou livre leve e solto”, diz o petista, que explica. “Eu falei antes: acredito num segundo turno com o Aécio e não com a Marina. E diziam: Aécio não é mais ninguém. E o segundo turno está aí. Ele veio forte (para o segundo turno), mas nada que assuste”.
Fonte: Di?rio de Pernambuco
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Não vai acontecer uma Venezuela no Brasil, diz coordenador da campanha de Dilma
Marinho afirma que o mau desempenho do partido em São Paulo se deveu não a erros da campanha