Cotidiano

Criminosos apedrejam micro-ônibus da Polícia Comunitária no Vila Jardim

Veículo que fica localizado no Residencial Vila Jardim também sofreu pichações nas janelas durante a madrugada de sexta-feira, 15

Um micro-ônibus pertencente à equipe da Polícia Comunitária, programa do Governo do Estado que objetiva a redução dos índices de criminalidade na Capital e no Interior, foi alvo de vandalismo durante a madrugada de sexta-feira, 15. O veículo, que funciona no Residencial Vila Jardim, no bairro Cidade Satélite, zona Oeste da Capital, como um posto fixo para atender à população e escritório para os policiais de plantão, foi apedrejado e sofreu pichações nas janelas.

Conforme informações do subcomandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Paulo Roberto Macedo, a ação ocorreu no momento em que os policiais foram atender uma ocorrência nas redondezas. “Normalmente, nós atuamos com quatro policiais por jornada. São dois disponibilizados para a ronda e dois que ficam na base para atender a comunidade. Só que como houve uma ocorrência em que houve a necessidade de apoio de todos os policiais, o veículo ficou desguarnecido, momento em que os criminosos decidiram agir. Eles aproveitaram a oportunidade”, esclareceu o tenente-coronel.

Somente ao retornar ao ponto de serviço, os policiais constataram que o painel fronteiro do veículo tinha sido alvejado com pedras e as janelas tinham sido pichadas com letras e frases. No entanto, após o crime, a situação já foi contornada e ainda no sábado, 16, o micro-ônibus já estava recuperado. “Eles atingiram mais as janelas. Já trocamos o vidro quebrado e limpamos o restante com solvente. O veículo já está funcionando normalmente, no mesmo posto de sempre, próximo ao canteiro central do Residencial Vila Jardim”, explicou Macedo.

COMBATE AO TRÁFICO – Com a criação do Residencial Vila Jardim, e consequentemente com o aumento do número de moradores no bairro, o Governo do Estado informou que houve um aumento no índice da criminalidade na região. Segundo o Governo, no entanto, com a instalação da Polícia Comunitária, os números de crimes registrados reduziram em 30%.

O subcomandante acredita que os resultados positivos das ações de combate ao crime organizado foi o que motivaram a pichação, principalmente quanto ao combate ao tráfico de drogas na região. De acordo com Macedo, a equipe viu a atitude contra o veículo como uma forma de reprovação ao desempenho da polícia.

Ainda assim, o tenente-coronel ressaltou que mesmo com a tentativa de intimidação, os policiais militares não têm previsão de mudança nas atividades desenvolvidas no bairro. “O crime sempre vai tentar desmoralizar o Estado, mas não vai conseguir, porque nós sempre estaremos trabalhando, não vamos parar. Não vamos deixar o local por causa disso. A Polícia Militar não vai recuar”, afirmou Macedo. “Na verdade, esses problemas nos motivam ainda mais a continuar. Vamos buscar onde é que estão as falhas, vamos corrigi-las e estar mais presentes no combate à criminalidade para aumentar a sensação de segurança das pessoas que moram ali naquela localidade”, relatou.

APOIO DA COMUNIDADE – O tenente-coronel também foi claro ao afirmar que a população tem um papel imprescindível na atuação da Polícia Comunitária, principalmente nas denúncias de atividades ilícitas.

Macedo disse ainda que a polícia já investiga os nomes dos suspeitos de estarem envolvidos nos crimes de vandalismo em razão de terem recebido informações dos próprios moradores da região. “Nós já temos os nomes dos envolvidos e já estamos quase que na captura deles. A própria comunidade está colaborando, o que é um reflexo das ações da Polícia Comunitária. É isso, a polícia e a comunidade juntas no combate à criminalidade. A população está colaborando com o trabalho da gente”, informou o subcomandante.

O tenente-coronel também reforçou que a população pode acionar a Polícia Comunitária através do número 190 e pelos pontos bases nos bairros e que não necessariamente as questões precisam estar relacionadas às ações da polícia.

“Hoje a pessoa pode seguir até a base e falar com um dos policiais, expor os problemas da região e de segurança pública, que, às vezes, nem são relacionados a crimes. As denúncias ou reclamações, como falta de energia ou limpeza das ruas, por exemplo, a gente sempre procura atender e repassar para os outros órgãos responsáveis para tentar minimizar os problemas”, esclareceu. (P.C.)