A Coordenação das Superintendências de Atenção Básica e Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), inicia hoje a etapa de vacinação do público-alvo da campanha de imunização contra a Influenza A (gripe H1N1). A ação ocorrerá em todas as 32 unidades básicas de saúde (UBS) até o dia 20 de maio.
De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Boa Vista, Roberta Calandrini, a ação visa reforçar as medidas preventivas da saúde pública em todo o território municipal, por meio da ampla cobertura vacinal contra a doença. “A campanha começou com a vacinação do nosso público-alvo inicial, que foram os profissionais de saúde. É uma ação que começou na sexta-feira, 15, e vai até esta terça-feira, quando também daremos início à campanha vacinal em todas as unidades básicas de saúde para a população que pertence ao grupos prioritários”, comentou.
Conforme a diretora, a abertura das atividades de vacinação em UBS faz parte da terceira etapa do cronograma instituído pelo Ministério da Saúde (MS). Há a previsão ainda da realização da quarta etapa, que será realizada por meio do “Dia D”, prevista para acontecer no dia 30.
Fazem parte do grupo prioritário da campanha as crianças de 6 meses a 4 anos, gestantes, mães que tiveram bebês até 45 dias, idosos acima de 60 anos, pacientes com comorbidades, como hipertensos, diabéticos, pneumopatas, cardiopatas que tenham a declaração do médico em qualquer faixa-etária e profissionais de saúde.
“A influenza nada mais é que uma gripe causada por um vírus. Então, estudos apontam que esses grupos prioritários têm mais pré-disposição para desenvolver complicações. Se a gripe agravar, eles desenvolvem uma pneumonia que pode levar à morte”, frisou.
São 66 mil doses disponibilizadas para a Capital. Roberta Calandrini salientou a eficácia e a importância da vacinação, uma vez que, recentemente, o Estado confirmou seu primeiro caso deste ano, deixando as autoridades de saúde em situação de atenção.
“O potencial de efeito colateral de uma vacina é muito estudado. Por que até hoje a gente não tem uma vacina para a dengue? Porque os pesquisadores ainda estão estudando um método eficiente, justamente para evitar esses efeitos. Não existe essa possibilidade de a pessoa gripar com a vacina, porque ela é feita com vírus morto. Nessas condições, ele não vai fazer nada com o paciente. Isso é mito”, destacou.
Na manhã de ontem, servidores da saúde que atuam no município participaram de um treinamento sobre as diretrizes de vacinação da doença. Cerca de 150 profissionais participaram da ação. “Nós já temos um caso confirmado de H1N1 e isso reforça ainda mais a nossa preocupação com essa questão. Até porque já estamos saindo de um quadro epidemiológico de outra doença, que é a zika. Reforçar a importância do envolvimento dos profissionais nessa ação de vacina e o entendimento da população é fundamental para evitar problemas com esse vírus”, salientou a enfermeira da rede municipal de Saúde, Enmily Feitosa.
FUNCIONAMENTO – A Campanha Municipal de Imunização contra a Influenza A funcionará em todas as unidades básicas de saúde (UBS), das 07h às 18 horas, sem pausa para o almoço. A única exceção será para o Centro de saúde Délio Tupinambá, no bairro Nova Cidade, zona Oeste, que funciona até a zero hora.
Distribuição das vacinas será em duas parcelas
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), foram encaminhadas pelo Ministério da Saúde (MS) 175.600 doses da vacina para a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Elas serão distribuídas aos municípios em duas parcelas, sendo que a primeira metade já foi distribuída antes do início da campanha e a outra será encaminhada conforme a necessidade de cada município.
“A quantidade das doses destinadas a cada município foi estipulada pelo Ministério da Saúde, conforme o número populacional de público-alvo para a imunização de cada região. A meta da campanha é de vacinar pelo menos 80% de cada grupo prioritário”, destacou a secretaria por meio de nota.
Quanto ao primeiro caso de H1N1 em Roraima, a Sesau ressaltou que todas as medidas preconizadas foram adotadas e a paciente, uma mulher de 57 anos, já recebeu alta médica e não oferece nenhum risco de transmissão à população. (M.L)