Cotidiano

Famerr pede Força Nacional para atuar no segundo turno no Estado

A Federação das Associações de Moradores do Estado de Roraima (Famerr) protocolou, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na manhã de ontem, um pedido de reforço da Força Nacional para as eleições do segundo turno em Roraima, que ocorrerá no domingo, 26.
Conforme o presidente da entidade, Faradilson Mesquita, o pedido é uma maneira de inibir um suposto esquema de compra de votos. O protocolo foi feito logo após um ato público em frente ao TRE, com cerca de 50 pessoas e a presença do senador eleito Telmário Mota (PDT). Por meio de um carro de som e cartazes foi cobrada lisura no sufrágio eleitoral. De acordo com Telmário, o pedido partiu do “desejo da população em não ser mais manipulada pelo poder econômico que domina a máquina do governo”.
Faradilson Mesquita disse que a democracia deve ser garantida. “O que nós queremos é que a Força de Segurança Nacional, por meio de um pedido do TRE, venha reforçar esse período de campanha. Porque o que está acontecendo nesta semana é o maior estupro à democracia do País. E quem está sendo afetado é a população do Estado de Roraima”, frisou.
Segundo ele, após a denúncia do suposto esquema, o grupo de oposição teria cerca de 500 pessoas infiltradas nos grupos de “boca de urna”. “A Força Nacional ajudará o grupo de esquerda a armar um flagrante. Nós não temos um efetivo policial e operacional de polícia para ajudar a gente a dar este flagrante”, frisou.
O senador eleito Telmário Mota deu apoio aos manifestantes. Ele afirmou que toda a máquina do governo está envolvida numa só campanha. “A política perdeu a imparcialidade. O Estado está envolvido nesse processo político. O Estado deixou de ser Estado para se envolver em uma candidatura, então é preciso que tenha uma Força Nacional para que tenha uma lisura nesse processo”, afirmou.
Ele lembrou de situações de corrupção que também foram denunciadas pela mídia, como o caso de ameaças a cargos comissionados e do caso de um juíza eleitoral que foi confrontada por um parlamentar no primeiro turno. “A democracia de Roraima está ameaçada. Queremos uma lisura no processo com o reforço da Força Nacional”, afirmou Telmário.
O estudante Jeferson Alves acredita que no Estado está instalada uma suposta organização criminosa para comprar de voto. “Não vamos aceitar que a vontade popular seja comprada pelo dinheiro da corrupção, que há anos vem surrupiando o dinheiro do povo e acabando com o nosso Estado”, afirmou. 
TRE- O diretor-geral do TRE, Adriano Nogueira, disse que o ato público e o pedido da entidade fazem parte do processo eleitoral. Segundo ele, após o protocolo da denúncia os órgão competentes, como Ministério Público e Polícia Federal, irão apurar o caso. “Será autuado um processo, que por sua vez será distribuído a um relator para que possa apreciar e lavado ao pleno desta Corte”, disse.