O lançamento oficial da pré-candidatura do Partido dos Trabalhadores (PT) às eleições municipais de Boa Vista vai acontecer neste final de semana. O partido vai lançar o nome do ex-reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Roberto Ramos, como pré-candidato num evento marcado para o dia 1º de maio, no domingo, que vai acontecer na Toca do Leão, no bairro Mecejana, a partir das 9h.
De acordo com Roberto Ramos, o nome do pré-candidato à vice-prefeito ainda não está definido. Ele explicou que a escolha do nome se dará a partir da formação das alianças partidárias que o PT fará para as eleições municipais de 2016.
“Nós estamos num processo de discussão dos possíveis candidatos a vice, ou seja, depende de entendimentos que estão sendo construídos com outros partidos. A gente não fechou ainda porque tem alguns partidos que podem ter candidatura própria. Mas a nossa ideia é buscar um candidato que seja afinado com as propostas que o partido e que ele seja de centro-esquerda”, adiantou.
Sobre um possível apoio do governo Suely Campos (PP) à candidatura do PT, uma vez que a senadora petista em Roraima, Angela Portela, é aliada do Executivo, Ramos informou que também não há nada definido sobre essa questão.
“Nós não sabemos ainda se o governo vai lançar candidatura própria ou se vai buscar alguma aliança ou apoiar algum candidato dos apresentados. Da nossa parte não estabelecemos diálogo com o governo sobre o assunto. Mas desde que seja para apoiar o projeto que acreditamos, particularmente do candidato, que é possível para que seja o melhor para o município de Boa Vista, os apoios são bem-vindos”, observou.
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O pré-candidato admite que são grandes os desafios que deverão enfrentar nessa campanha– sobretudo o da força política e econômica dos demais candidatos, mas disse acreditar nas propostas pautadas na participação popular como o ponto de partida para essa disputa.
“É construir um projeto participativo, com um projeto para a comunidade em todas as suas localidades tanto do ponto de vista de infraestrutura urbana, sem privilégios de determinadas áreas, que atenda toda a comunidade, e também projetos que possam gerar mais cidadania, seja pela cultura, seja pelo respeito ao gênero, seja por um trabalho com movimentos sociais, seja pelo fortalecimento da educação e da saúde, que são áreas que precisam ser atendidas de uma forma efetiva pelo gestor. A gente quer apresentar uma proposta em cima disso”, explicou.
Questionado se a atual crise política que atinge o país, e que tem o partido dos trabalhadores como protagonista, pode influenciar negativamente em sua candidatura, Ramos afirmou que “as candidaturas majoritárias no Brasil elas são muito centradas nos candidatos”.
“E a ideia é que a gente possa apresentar as propostas – pelo trabalho construído a frente da UFRR – buscando do eleitor a confiança e o crédito de que da nossa parte vai ter tanto respeito quanto o trabalho dedicado para que a gente possa apresentar uma gestão diferenciada do fazer a política no estado sem o modelo tradicional que tem sido implementado e que não é diferente, são modelos centrados em grupos políticos já conhecidos e que já tem sua forma de gerir a cidade”, concluiu.
