Política

Distribuição de calcário auxilia economicamente produtores rurais

Com o objetivo de auxiliar os produtores de grãos, a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Roraima (Seapa) criou o projeto de distribuição de calcário para os pequenos trabalhadores rurais.

Segundo o secretário-adjunto da Seapa, Wolney Costa, o incentivo busca uma forma de controlar a acidez registrada no solo roraimense e fazer com que o agricultor produza mais e assim tenha um rendimento econômico maior com a sua plantação. “Para produzir, os nossos solos precisam de insumos. Esse calcário que é distribuído leva nutrientes, como cálcio e magnésio, e também corrige a acidez do solo. Com essa correção, a planta vai poder absorver os outros nutrificantes colocados através de adubos orgânicos e químicos, o que corresponde a uma melhor produtividade e lucro”, relatou Costa.

Para o produtor ter acesso a esse insumo, o secretário recomenda que o agricultor procure uma Casa do Produtor Rural (CPR), disponibilizada em todos os municípios do Estado, e faça a solicitação. “Chegando lá, ele vai procurar um técnico agrícola, engenheiro agrônomo ou responsável pela Casa e agendar uma visita na sua propriedade”, esclareceu.

Após o agendamento, o profissional fará uma visita ao local, conforme a solicitação do produtor, fará um levantamento, um estudo prévio. Em seguida, levantará informações com o agricultor sobre a produção, além de fazer algumas orientações, caso necessário.

Com esse estudo prévio, o profissional poderá avaliar a quantidade de calcário exigida naquela localidade e como será feita essa aplicação. Em seguida, o técnico agrícola preencherá um formulário que será entregue ao agricultor. Com o formulário em mãos, o produtor estará apto a receber o insumo.

Wolney Costa também reforçou que a solicitação pode ser feita independente da plantação do produtor rural. “Toda cultura, de qualquer região, de mata ou de lavrado, necessita da aplicação da correção de acidez, do calcário. Por isso a importância do técnico, que vai avaliar a necessidade e a quantidade para determinada região, de acordo com o que é produzido”, comentou.

O secretário também lembrou, que caso requisitado, o técnico agrícola também poderá solicitar um estudo mais aprofundado, com coleta de amostra de solo e encaminhamento para amostra de solo, na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Caso o produtor não tenha uma CPR próxima à sua localidade, a solicitação também pode ser feita na sede da Seapa, em Boa Vista, localizada na rua General Penha Brasil, 1121, bairro São Francisco.

CRITÉRIOS – A Seapa informou que, como o trabalho de distribuição de calcário é contínuo, é preciso que o produtor rural passe por uma série de etapas para que seja feito um trabalho de análise da necessidade e garantir que o insumo seja repassado para quem realmente precisa. “É preciso que o produtor seja da agricultura familiar, ou seja, onde a mão de obra seja da família e que a sua renda maior venha daquele lote de terra”, disse o secretário.

Os empreendedores que possuem outro trabalho e que trabalham na agricultura somente no final de semana, por exemplo, não se encaixam no critério e não devem receber o calcário. “Ele tem que morar lá, produzir e, se possível, ter uma Declaração de Aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – DAP. Se ele não tiver o documento, o próprio técnico agrícola que fizer a visita poderá fazer o procedimento do documento e assim ele terá mais um ponto para se encaixar nos critérios”, esclareceu Wolney Costa.

Outro ponto citado foi o tamanho da área do produtor rural. O secretário informou que o produtor que tiver até quatro módulos fiscais, cerca de quatrocentos hectares, ainda se encaixa nos critérios de recebimento. “A compreensão do Governo do Estado é que o caminho para o desenvolvimento do Estado é o setor agrícola, então, ele tem que ter um atendimento especial”, finalizou o secretário. (P.C)