A 10ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo será realizada entre os dias 9 e 13 de maio, no Campus Boa Vista – Centro, do Instituto Federal de Roraima (IFRR), com entrada franca. A mostra celebra o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A proposta é exibir filmes e documentários que discutem temas atuais de direitos humanos.
A programação conta com os filmes: “Abraço de Maré” ; “O Muro é o Meio”; “500 – Os bebês roubados pela ditadura argentina”; “Porque temos esperança”; “Do meu lado” e “Félix, o Herói da Barra”. O evento é realizado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos. Este é o terceiro ano em que o IFRR, por meio do Neabi, é selecionado como ponto de exibição da Mostra de Cinema e Direitos Humanos.
Sessões
As sessões de cinema serão realizadas na sala 303, do Campus Boa Vista- Centro, a partir do meio-dia, com entrada gratuita. O evento conta com o apoio do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi).
Abraço de maré
O dia a dia de quem mora em um centro urbano é sempre atribulado. Porém, bem no meio disso tudo, cinco pessoas vivem na mais pura sintonia entre a natureza e a cidade. Do asfalto ao mangue, o curta-metragem documental “Abraço de maré” traz para a tela a história de vida de uma família ribeirinha, que mora em uma casa de taipa às margens do rio Potengi. Esse filme nos leva a refletir sobre essa dualidade e sobre o quanto a realidade que nos parece ser tão distinta nos é, na verdade, tão próxima.
Félix, o herói da Barra
Félix, herói fundador da comunidade de Barra de Aroeira (TO), seria um ex-escravo que teria lutado na guerra do Paraguai e recebido de D. Pedro II uma grande extensão de terras pela sua atuação no conflito. A perda do documento real gerou um conflito, pela posse das terras que já dura mais de 50 anos.
500 – Os bebês roubados pela ditadura argentina
Durante sete anos, entre 1976 e 1983, a Argentina viveu sob uma ditadura militar. Dentre os aterrorizantes atos feitos durante esta época, está o sequestro de bebês e crianças, filhos de presos e desaparecidos políticos ou nascidos em prisões clandestinas ou centros de tortura e extermínio. O grupo “Avós da Praça de Maio” criou o “Banco dos 500”, uma luta para localizar as 500 crianças a partir de amostras de seus próprios sangues.
Do meu lado
As vidas de duas vizinhas, uma umbandista e uma protestante, começam a se cruzar quando uma infiltração abre um buraco na parede que divide suas casas. O curta metragem é brasileiro e lançado em 2014. A direção é de
Tarcisio Lara Puiati.
O muro é meio
Aborda pichações de protesto gravados nos muros da Universidade Federal de Sergipe. São gritos de revolta pela falta de segurança no Campus, estrutura e qualidade de ensino. As pichações são mostradas como formas de indignação, reivindicação e também de comunicação contra a apatia das paredes brancas que abafam os conflitos socioculturais.
Porque temos Esperança
Apesar de o tema conter um forte apelo sentimental, atinge a platéia com suas notas reflexivas traçando um esperançoso retrato da recuperação familiar brasileira. Susana e Marli são exemplos de mulheres que, como outras tantas espalhadas pelo Brasil, seguem seu caminho acreditando que o afeto, a esperança e a harmonização são capazes de transformar uma vida.