Cotidiano

Número de imunizações em Roraima ainda preocupa autoridades de saúde

Menos de 30 mil doses da vacina contra a doença foram aplicadas em todo o Estado, equivalendo a uma cobertura de 19,6%

Iniciada no dia 15 de abril deste ano, a campanha de vacinação contra o vírus da Influenza A (H1N1) ainda apresenta indicativos nada animadores no Estado. Conforme balanço do Ministério da Saúde (MS), até a terça-feira passada, 3, apenas 29.392 doses da vacina haviam sido aplicadas, o equivalente a uma cobertura vacinal de 19,6%.

Apesar de preocupante, o MS ressaltou que os dados ainda não são fidedignos, uma vez que vários municípios relataram que já aplicaram doses da vacina, mas não lançaram dados no sistema por problemas com a internet. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), somente no dia 21, um dia após término da campanha e prazo limite para a alimentação dos dados, é que a população poderá saber se Roraima atingiu ou não a meta de vacinação.

Ao todo, o Estado recebeu 175.600 doses em remessa única, suficientes para atender a todo o público-alvo dos municípios. Fazem parte desse grupo crianças de seis meses a maiores de cinco anos, gestantes, mulheres com 45 dias de pós-parto, população privada de liberdade, pessoas com doenças crônicas, profissionais de saúde, indígenas e idosos com idade acima de 60 anos. “A primeira metade foi distribuída antes do início da campanha e a outra metade é repassada conforme a necessidade de cada município”, complementou a Sesau.

Ainda segundo a Secretaria, neste ano houve uma notificação de infecção pelo vírus H1N1. O caso foi classificado como importado, pois a paciente foi infectada fora do Estado de confirmação da doença. “A circulação do vírus Influenza ‘A’ ocorre em Roraima desde 2009, porém, o último caso registrado no Estado havia sido em 2014”, informou.

A Sesau destacou ainda que a vigilância epidemiológica do Estado atua diuturnamente nas unidades de saúde, realizando capacitação para que os profissionais consigam realizar diagnóstico clínico preciso. “Qualquer eventual caso suspeito será notificado imediatamente para que seja dado início à investigação. Qualquer pessoa que estiver com os sintomas da gripe H1N1, que são febre, tosse, dores no corpo ou dor de garganta, deve procurar o posto de saúde mais próximo ou o hospital. Caso seja confirmado, o paciente é tratado isoladamente e faz uso de medicamento indicado para doença”, pontuou.

Na Capital, a preocupação é com gestantes e crianças

De acordo com a Prefeitura de Boa Vista, foram disponibilizadas ao município cerca de 66 mil doses da vacina para o grupo prioritário. Até a sexta-feira passada, 6, 38,2% do público-alvo havia sido imunizado.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o menor índice de procura registrado é de gestantes (25,46%) e crianças (31,2%). As maiores coberturas estão sendo registradas no grupo de idosos (45,9%) e puérperas (62,5%).

Para reforçar a importância da imunização, a Prefeitura de Boa Vista informou que todas as 32 Unidades Básicas de Saúde (UBS) espalhadas pelo município estão oferecendo, de forma gratuita e sem pausa para o almoço, as vacinas contra a gripe. O horário de atendimento é das 7h às 18h. A exceção fica apenas para o Centro de Saúde Délio Tupinambá, no bairro Nova Cidade, zona Oeste, que funciona até a meia-noite. (M.L)