Política

Sessão do Senado decidirá futuro de Dilma Rousseff na presidência

A reunião foi iniciada às 10h, com uma hora de atraso. Cada um dos 68 senadores inscritos terá o direito de falar por 15 minutos

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu a sessão que decidirá o futuro da presidente Dilma Rousseff pedindo serenidade e espírito público aos senadores no momento da votação do impeachment.

Segundo ele, os colegas devem deixar de lado disputas regionais e questões partidárias para responderem uma única questão: há indício de crime de responsabilidade praticado pela presidente que justifique a abertura de um processo e seu consequente afastamento?

“O povo lutou muito para conquistar o direito de eleger diretamente o presidente. E o Senado tem a prerrogativa constitucional de julgá-lo em caso de crime de responsabilidade. Se entenderem que sim, esta Casa é soberana, e o processo será aberto. Se entenderem que a denúncia é frágil, haverá o arquivamento da matéria”, explicou.

O senador fez questão de lembrar que, desde 18 de abril, quando o pedido de impeachment veio da Câmara, nenhuma decisão tomada no âmbito do Senado foi judicializada, prova de que o rito foi equilibrado e justo.

“Fixamos um ritmo não tão célere, que suprimisse as prerrogativas de defesa da presidente, nem tão lento que parecesse procrastinação. Nenhuma discussão judicial contestou o que se fez aqui no senado”, afirmou.

Renan Calheiros disse ainda que em nome de imparcialidade não vai votar. “Fazemos um rito para que a discussão e decisão seja sóbria e rápida. É difícil garantir que seja uma decisão indolor, mas ao menos será uma decisão absolutamente republicana. E é isso que o Brasil espera”, concluiu.

A reunião foi iniciada às 10h, com uma hora de atraso. Cada um dos 68 senadores inscritos terá o direito de falar por 15 minutos.

Com informações da Agência Senado.