Política

Liberado plantio de algodão transgênico em Roraima

Instrução normativa foi publicada nesta quarta-feira, 11, no Diário Oficial da União

Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 11 de maio, a instrução normativa assinada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, que retira Roraima da zona de exclusão de plantio de algodão geneticamente modificado, conhecido como transgênico.

A medida atende a uma reivindicação dos agricultores do estado, e tem como base o parecer emitido pelo CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), que mostrou como favorável a produção de algodão transgênico em Roraima após um estudo de impacto ambiental realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Representantes de órgãos do Governo Estadual, vinculados ao Progredirr (Programa de Desenvolvimento Sustentável, Geração de Empregos e Renda de Roraima) e da Embrapa RR já haviam se reunido na semana passada visualizando a possibilidade da autorização para plantio de algodão transgênico fosse concedida.

Com a publicação, os agricultores do Estado já podem começar a cultivar o produto em suas lavouras. Entre as qualidades econômicas do algodão transgênico, estão: a menor utilização de agroquímicos no cultivo e a potencial agregação de valor ao produto, inclusive com a possibilidade de instalação de indústria têxtil no Estado e geração de empregos.

De acordo com o diretor presidente da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima), Vicente Barreto, esta é mais uma vitória para o setor produtivo de Roraima. “

Isso representa mais uma cultura que poderá ser cultivada em nossas terras, e que reduz muito os custos, pois possibilita a plantação de outros grãos. Além disso, proporciona que novas empresas se instalem no Estado, como grandes tecelagens”, explicou.

Ainda segundo Barreto, a produção do algodão transgênico também fornece um insumo para alimentação animal. “A torta de algodão pode ser utilizada na alimentação animal e na fabricação de farinhas alimentícias. No entanto, sua principal aplicação é na elaboração de rações animais, devido ao seu alto valor proteico”, destacou.

A PLANTA – Conhecida também como ‘algodão inseticida’ ou ‘algodão BT’, a variedade transgênica foi modificada para resistir a insetos que atacam as plantações. O algodão produz uma toxina que afasta as pragas que atingem as variedades comuns da espécie.

Com informações da Secom-RR