Cultura

Entenda a importância dos primeiros mil dias do bebê!

O período que compreende os dois primeiros anos de vida da criança e a gravidez é fundamental para o seu crescimento

Cada vez mais especialistas e pediatras do mundo todo vêm falando sobre a importância dos primeiros mil dias de vida do bebê, o período que compreende os dois primeiros anos de vida da criança. Segundo a pediatra e neonatologista Ana Carolina Brito, a gravidez é fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança, e por isso o programa ‘Mil dias do bebê’ incluem os nove meses de gestação e os dois anos após o nascimento.

A especialista explica que para que a criança cresça de forma saudável é preciso tomar os devidos cuidados desde a gestação. “Depois de muitas pesquisas, já se concluiu que crianças que tiveram uma atenção voltada para o seu desenvolvimento se tornam adultos mais saudáveis tanto do ponto de vista nutricional como o do emocional, além de se prevenir uma série de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes”, comentou.

De acordo com a pediatra, ao planejar uma gravidez, a mulher deve fazer uma série de mudanças em seu estilo de vida. Uma medida importante é a suplementação de nutrientes que estejam em falta no organismo da futura mamãe. Nesse caso, o principal é o ácido fólico, vitamina do complexo B que participa, já nas primeiras semanas de gravidez, da formação do tubo neural do feto.

“Isso inclui abandonar certos hábitos, como fumar, ingerir bebidas alcoólicas e comer alimentos industrializados, gordurosos e cheios de açúcar, e adotar outros, a exemplo de uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras e a prática de atividade física. Tudo isso deve ser feito sob a orientação de um médico, o pré-natal e realização de exames são muito benéficos para o bebê”, ressaltou.

Após o nascimento do bebê, o aleitamento materno é fundamental para a criança. Ele protege o bebê contra infecções, diarreia, obesidade. “A recomendação é que a amamentação seja exclusiva até os 6 meses de vida e que permaneça até os dois anos – mesmo com a alimentação complementar. O aleitamento nem sempre é fácil para todas as mães, e quando houver dificuldades, vale a pena buscar ajuda. Todo investimento para um bebê é valido para a saúde dele no futuro”, explicou.

Ana Carolina explica que para essa primeira fase da vida, o carinho, o afeto e o contato físico são alguns dos ingredientes essenciais para estabelecer e fortalecer os vínculos. Além de estimular a criatividade e o desenvolvimento cognitivo, as brincadeiras promovem a interação da família de modo que a criança se sinta mais segura e amada.

“Conversar, cantar e demonstrar o amor e atenção contribuem para o desenvolvimento neurológico e também para a imunidade do bebê, isso influencia o menor índice de hiperatividade, de ansiedade, além do desempenho na escola e do desenvolvimento social”, afirmou.

Segundo ela, foi observado que uma criança com uma base emocional sólida tende a ser mais segura no futuro, a fazer mais amigos e a estar mais preparada para uma carreira no mercado de trabalho. “As facilidades para aprender a falar, a andar e a conviver socialmente, e, depois, adultos mais maduros na parte emocional. Depois de um acompanhamento, aquelas crianças que tiveram uma vida mais saudável durante a infância, tornaram-se adultos com uma qualidade melhor de vida”, comentou.

Caso sejam observados problemas comportamentais precocemente, deve-se intervir o mais rápido possível. “Quanto mais cedo o estímulo for adotado ao bebê, ele irá responder mais rápido. Se toda mulher pudesse se preparar para estar grávida, seria o ideal. Algumas mulheres descobrem a gravidez, mas o mais adequado é se preparar para a gravidez e evitar stress e aborrecimentos, em busca de obter uma vida mais saudável para repercutir no bebê”, relatou.