A notícia de que os enfermeiros lotados na Prefeitura de Boa Vista voltariam a ter as 30 horas semanais trabalhadas, em relação às atuais 40 horas, divulgada esta semana pela prefeita Teresa Surita (PMDB), durante reunião com a categoria no auditório do Palácio 9 de Julho, foi analisado pelo presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Roraima (Coren-RR), Gilvan Brolini. Comedido, ele falou em precaução antes de comemorar, já que a proposta não foi enviada para aprovação na Câmara Municipal de Boa Vista.
“A prefeita está fazendo reunião com todas as categorias e mostrando o novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração [PCCR] da Saúde que, segundo ela, foi feito pela Fundação Getúlio Vargas. Disse que estaria atendendo o nosso pleito das 30 horas semanais, que hoje é de 40 horas, e que haveria readequação dos salários defasados. Inclusive, o auxiliar de enfermagem teria o menor salário, de R$ 1.080.00. Hoje, recebe pouco mais de R$ 700,00”, comentou.
Ele lembrou que essa luta vem sendo debatida desde fevereiro de 2013, um mês depois que a prefeita Teresa Surita assumiu a Prefeitura. “A Câmara de Vereadores já havia votado para 30 horas e ela revogou e aumentou para 40 horas. Só que essa decisão de voltar para as 30 horas ainda não foi comunicada oficialmente para o Corem e o PCCR ainda sequer foi enviado para a Câmara de Vereadores apreciar. Pelo que fiquei sabendo, ela enviaria a proposta até a próxima quarta-feira. Nesta reunião havia cinco vereadores”, frisou.
PROTESTO – Quanto ao fato de a prefeita estar anunciando essa mudança faltando poucos dias para a eleição, ele ressaltou que, caso a promessa não fosse cumprida, haveria movimentação de protesto nas ruas. “Nós estamos acreditando que isso seja verdade, já que trabalhamos na construção dessa negociação. Mas não podemos descartar que estamos em um momento político, que pode haver interferência ou interesses políticos. Porém, caso não venha a ser cumprido, isso traria prejuízo, já que foi anunciado pela prefeita e, neste caso, os sindicatos das categorias com certeza irão fazer manifestação cobrando essa posição. Mas prefiro acreditar no que foi anunciado”, frisou. (R.R)
Cotidiano