Polícia

Vigia vítima de latrocínio é esfaqueado e morre no HGR

Sem tréguas, a violência urbana continua fazendo vítimas. Um caso de latrocínio (roubo seguido de morte) vitimou o funcionário público Marialdo Silva Santos, de 58 anos, que foi socorrido por volta das 06h da sexta-feira, 20, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foi acionado pela Polícia Militar após receber a denúncia de que o homem havia sido esfaqueado e estava agonizando dentro de sua residência, na rua João Padeiro, bairro Buritis, zona Oeste.

Depois de realizar os primeiros-socorros, a equipe do Samu removeu a vítima para o Trauma do Hospital Geral de Roraima (HGR), onde ele ficou em observação durante todo o dia, mas morreu às 20h10 em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, conforme o laudo médico. As informações do laudo confirmam que o homem apresentava múltiplas perfurações pelo corpo, principalmente na região do tórax e do abdome.

A vítima trabalhava como vigia e morava sozinha numa casa ainda em fase de construção. De acordo com o enteado, o caso aconteceu entre a noite da quinta-feira, 19, e a madrugada da sexta-feira, dia 20. Como Marialdo morava sozinho, ele acredita que os criminosos tenham entrado no imóvel com a intenção de roubar.

A família permitiu que a equipe da Folha entrasse na casa, onde havia marcas de sangue em quase todos os cômodos. Um amigo da vítima, que estava no local, informou que todos os móveis, eletrodomésticos e eletrônicos da residência foram levados pelos bandidos. “Não deixaram nada, só um colchão sujo de sangue e a central de ar-condicionado, que tivemos de tirar porque senão eles retornariam para terminar de fazer ‘o limpa’. Eu acredito que tudo tenha começado no quarto e que tinha mais de uma pessoa, incluindo mulher. A faca estava aqui na sala e foi levada pela polícia”, comentou.

Segundo um morador da mesma rua onde o fato aconteceu, nas proximidades do local do crime há uma boca de fumo e a suspeita é que alguns viciados tenham realizado o delito com a finalidade de roubar os pertences da vítima, que era alvo vulnerável pela idade e por viver sozinho.

Os familiares não quiseram falar sobre os suspeitos, afirmando que as investigações estão por conta da Delegacia Geral de Homicídios (DGH). No final da manhã de sábado, o corpo passou por exame cadavérico no Instituto de Medicina Legal (IML) e liberado aos familiares para realização de funeral e sepultamento. Até a noite deste domingo não houve prisões de suspeitos. (J.B)