Mencionando a corrupção disseminada e as dificuldades de governabilidade, o senador Telmário Mota (PDT-RR) defendeu a realização de eleições gerais como forma de “limpar” a política brasileira.
Ele manifestou preocupação com os pedidos de prisão de senadores, mas ponderou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, agiu porque tinha elementos que o convenceram da necessidade de preservar a Operação Lava Jato.
Telmário Mota cobrou do presidente do Senado, Renan Calheiros, uma explicação ao povo brasileiro, e pediu celeridade no exame das gravações de Romero Jucá (PMDB-RR), que, para ele, foram mais graves que as de Delcídio do Amaral.
Telmário Mota considera impossível o trabalho do Poder Executivo diante do que chamou de “onda de demandas” dos parlamentares: para ele, a presidente afastada Dilma Rousseff não cometeu crime, mas perdeu a confiança do Congresso, mas Michel Temer estaria com os “punhos amarrados” pelas indicações políticas de deputados e senadores.
Ele disse ainda esperar que o povo ocupe as ruas para reivindicar eleições gerais e que os políticos se convençam de que todos os mandatos juntos são “pequenos” em comparação com a dignidade do país.
“O Brasil é muito maior. E, num ato de demonstração de que é preciso lavar a sujeira desse país, eu abro mão dos meus sete anos que faltam para voltar às urnas numa eleição geral direta para limpar a corrupção da política brasileira”, afirmou.
Com informações da assessoria do senador.