Cotidiano

Exército combate garimpo e madeireiras

Militares também vistoriaram veículos em bloqueios nas rodovias federais e levaram ações sociais para comunidades

O general de Brigada Algacir Antônio Polsin, do Exército Brasileiro, divulgou, ontem à tarde, em coletiva na 1ª Brigada de Infantaria de Selva, no bairro 13 de Setembro, zona Sul, os resultados da 11ª etapa da Operação Ágata, que é um plano estratégico de fronteira do Ministério de Defesa. Mais de 2.200 veículos foram vistoriados desde segunda-feira, 11, até ontem nos bloqueios montados pelo Exército nas rodovias federais de Roraima. No entanto, o esforço agora é combater o garimpo em terra indígena e a extração ilegal de madeira.

O general deu detalhes da operação. Disse que quatro garimpos foram interditados nesta etapa da operação na Terra Indígena Yanomami, com a destruição de uma pista de pouso e seis balsas no Rio Uraricoera, no Município do Amajari, Norte do Estado. No outro extremo de Roraima, ao Sul, os militares combatem a extração ilegal de madeira, com a parceria dos agentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).

Esta semana, apenas no Sul do Estado, seis madeireiras foram vistoriadas e consideradas irregulares, pois no pátio delas havia madeira não cadastrada e extraída de forma ilegal. A operação havia apreendido, até ontem, 1.300 metros cúbico de madeira e um caminhão madeireiro.

O superintendente regional do Ibama em Boa Vista, Diego Milleo Bueno, disse que as multas podem chegar a R$ 400 mil. “Na área de garimpo damos o suporte administrativo ao Exército. Apreendemos os materiais dos garimpeiros e depois os inutilizamos”, frisou o superintendente.

Na região Nordeste de Roraima, os militares reforçam o patrulhamento na faixa de fronteira. Nas demais regiões, os trabalhos se concentram em patrulha nos rios e bloqueio de rodovias. “Estamos lacrando Roraima com bloqueios e patrulhas para combater o ilícito fronteiriço. Os resultados estão sendo satisfatórios”, ressaltou o general.

O Exército ainda tem como parceira a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). O general informou que a operação também investiga o crime organizado nas regiões de fronteira com outros órgãos de segurança pública.

Além do combate aos crimes, os militares levam serviços sociais às comunidades mais carentes e distantes. Nesta etapa, 16 vilas da região da Raposa Serra do Sol, por exemplo, Nordeste do Estado, receberam atendimento médico, odontológico e social. A operação não tem data para acabar. (AJ)