A Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) está em fase de implantação no Estado. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) aguarda uma sinalização do Ministério da Saúde para capacitar os profissionais. Por enquanto, está sendo feita a notificação de possíveis doadores. Inicialmente, os transplantes serão de córneas e rins.
O CNCDO pode significar uma luz no fim do túnel para os pacientes que dependem de doação de órgãos em Roraima. Conforme a Sesau, a Central está em fase de implantação. “No ano passado, houve uma visita de técnicos do Ministério da Saúde para treinar os funcionários da administração local sobre os procedimentos de notificação e neste momento já está funcionando, fazendo a notificação de possíveis doadores”, informou.
A Sesau está aguardando a ajuda de especialistas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (FMUSP) para dar início à realização de cirurgias. “O Estado aguarda uma sinalização do Ministério da Saúde para que a atividade de tutoria comece. Isso auxiliará o HGR na oferta de transplantes de rins e córneas, promovendo o aperfeiçoamento e a qualificação dos profissionais de saúde da instituição”, explicou.
De acordo com as informações da Sesau repassadas à Folha, após a tutoria, os profissionais locais estarão aptos a desenvolver, de forma autônoma, o processo de doação e transplantes de órgãos e tecidos, no âmbito de sua área de atuação, melhorando o atendimento à sociedade.
Um dos benefícios à população, com a implantação do sistema de captação e transplante no Estado, é a diminuição do número de pessoas esperando por cirurgias de córneas e rins. “Quanto mais órgãos houver à disposição e quanto mais rápido o serviço for disponibilizado ao cidadão, mais rápido será o atendimento a outras pessoas, diminuindo o tempo de espera”. A Secretaria de Saúde, porém, não se pronunciou sobre quando as atividades cirúrgicas começarão.
COMO DOAR – Para ser doador não é necessário deixar um documento por escrito, mas é fundamental comunicar à família em relação ao desejo da doação, que só se concretiza após a autorização dos familiares. “Um único doador, em morte encefálica (coração batendo), tem a chance de salvar ou melhorar a qualidade de vida de pelo menos mais oito receptores que estão na fila de espera de órgãos sólidos. Além dos tecidos como córneas, ossos, válvulas e pele”, afirmou a Secretaria Estadual de Saúde. (B.B)