As ligações clandestinas acontecem nas mais diversas localidades da Capital. No entanto, conforme a Eletrobras Distribuição Roraima, as ações criminosas ocorrem com mais frequência em loteamentos irregulares e nos bairros mais afastados do Centro. Além do risco de acidente com morte, o autor da prática criminosa está sujeito à pena de detenção de 1 a 4 anos de prisão, além de pagamento de multa.
O gerente de fiscalização da Eletrobras, Francisco Galdino, disse que alguns locais apresentam um índice maior, como nos bairros Araceli Souto Maior, Equatorial e Senador Hélio Campos, todos na zona Oeste da Capital.
As Áreas de Preservação Permanente (APP) e também as que são invadidas representam um impasse para empresa com relação à regularização da rede elétrica. “São localidades que situações que a regularização dos terrenos e impede que a Eletrobras atue. Por exemplo: se o cidadão solicita a ligação energética, ele precisa apresentar a documentação do imóvel. Se ele não tem, nós não temos conhecimento e ainda poderemos fiscalizar essas regiões”, ressaltou Galdino.
Segundo ele, as ações de fiscalização são realizadas diariamente na Capital. “Trabalhamos de segunda a sexta-feira em horário comercial. Constantemente estamos retirando ligações clandestinas. Algumas vezes, fazemos um mutirão em que as equipes se deslocam aos bairros com apoio da Polícia Militar e Polícia Civil para coibir a atividade criminosa”.
DANOS – As ligações clandestinas causam panes no sistema de distribuição da Eletrobras, acarretando prejuízos à empresa. “Essas ligações sobrecarregam a rede, causando a queima do transformador, que está preparado para atender somente às unidades regularizadas. Com isso, devemos fazer o conserto ou a substituição do equipamento, perdendo tempo e dinheiro”, frisou.
Outro transtorno causado pelas ligações clandestinas, os “gatos”, é em relação à própria população. “Muitas pessoas reclamam de danos com a queima de equipamentos elétricos, e a empresa tem que fazer o ressarcimento aos cidadãos prejudicados”, complementou Galdino.
ALERTA – Dados da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) mostram que de 2005 a 2014 mais de 400 pessoas, em todo o País, morreram ao tentar furtar energia.
“A gente preza, em primeiro lugar, pela segurança dos cidadãos, pois para fazer essas ligações irregulares, as pessoas utilizam os mais diversos artefatos, colocando em risco a própria vida por desconhecer as normas técnicas para fazer esse tipo de ligação, principalmente nesse período chuvoso, quando os fenômenos naturais, como raios, podem atingir o indivíduo. Em Roraima, várias pessoas já vieram óbito por conta dessa questão”, alertou o gerente.
A Eletrobras disponibiliza uma central de atendimento para a formalização de denúncias por meio do número telefônico 0800 7019 120. “Estamos à disposição para atender à sociedade. Após a denúncia, a empresa vai até o local para desligar todas as unidades que estão funcionando de forma clandestina”, destacou. (B.B)