Política

Leocádio entrega Educação, e Chico fala em mais mudanças

Ao deixar o cargo, Leocádio afirmou que tomou decisão quando teve conhecimento de que duas pessoas foram convidadas para substituí-lo

Leocádio Vasconcelos deixou ontem, logo no início da manhã, o cargo de secretário estadual de Educação, que ele vinha ocupando há cerca de quatro meses. O anúncio foi feito em meio a uma reunião com chefes de setor e diretores da pasta.
À Folha, Leocádio disse que decidiu entregar o cargo há duas semanas, quando tomou conhecimento de que duas pessoas teriam sido convidadas para ocupar o cargo. Diante da informação, o secretário teria resolvido se antecipar ao fato, mas por conta da proximidade do pleito, ocorrido no domingo, resolveu esperar para não dar uma conotação política ao caso. “Achei por bem aguardar mais duas semanas. Mas o governador decidiu me tirar e não me deu ciência”, comentou.
Conforme ele, depois disso ele não foi procurado ou procurou o governador Chico Rodrigues (PSB) nem recebeu qualquer satisfação sobre o ocorrido. “Já havia uma predisposição”, frisou.
Leocádio disse que enfrenta a situação com naturalidade. “Saio com a consciência tranquila do dever cumprido. O que foi possível fazer na Educação em quatro meses, mesmo com o estado de emergência decretado, junto com a equipe da Educação, a gente fez”, resumiu. Ele não quis comentar os fatores que teriam levado o governador a tomar a atitude e concluiu afirmando, quando questionado sobre seu futuro profissional, que entraria de férias.
GOVERNADOR – Durante a coletiva concedida à imprensa na manhã de ontem (veja matéria na página 2A), Chico Rodrigues admitiu que Leocádio estava deixando o cargo, mas não comentou a situação. Ele também não informou quem assume o cargo agora vago. “Ainda vamos decidir”, respondeu.
Outras mudanças, segundo ele, ainda podem ser efetivadas, mas o governador explicou que serão comunicadas à imprensa e à população oportunamente. “Vamos fazer mudanças no primeiro, segundo e terceiro escalões, onde forem necessárias”, comunicou.
Chico justificou essas mudanças como sendo uma questão de ajustes na máquina administrativa, com vistas a dar condição de operacionalidade ao governo nos últimos dois meses da sua gestão. “Então, se for necessário, nós faremos. Nenhuma ação localizada, apenas por pura necessidade”, frisou.