A Fundação Getúlio Vargas está concluindo, esta semana, um estudo dos valores que serão ressarcidos pelo Instituto de Previdência de Roraima (Iper) ao Governo do Estado para, posteriormente, fazer a compensação previdenciária do débito atualmente existente por parte do governo. A medida é para que os servidores do Estado não corram risco de prejuízos na concessão de benefícios.
Segundo a secretaria de comunicação do Governo de Roraima, o Estado dispõe de crédito junto ao Iper, referente às licenças saúde e salários maternidade, ou seja, afastamentos superiores a 15 dias, que foram pagos pelo governo aos servidores, mas que são de responsabilidade do instituto.
Os débitos do Governo com o Instituto, sem contar com essas correções que serão feitas após o estudo da Fundação, chegam a R$ 64 milhões. A Secretaria Estadual de Saúde é quem mais deve, com o montante de R$ 32 milhões, mas estão no rol de devedores também autarquias cujo repasse não foi feito ao Instituto de Previdência, apesar de ser descontado do salário dos servidores via contracheque.
Conforme documentos que a Folha teve acesso, somente em maio, o Instituto deveria ter arrecadado o montante de R$ 16,6 milhões, porém foi repassado apenas R$ 6,7 milhões, restando um salvo devedor de R$ 9,9 milhões.
O repasse mensal da previdência é formado por uma fatia do dinheiro do trabalhador e outra do empregador, sendo que o empregador paga 2/3 do montante total.
Segundo o presidente do Iper, Ronaldo Marcílio, o órgão tem uma das melhores saúdes financeira do país. “São mais de dois bilhões de reais em patrimônio líquido, que estão aplicados, de forma criteriosa, em fundos de renda fixa de bancos oficiais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal”, afirmou.
Em nota, o governo explicou ainda que a gestão do Iper foi modernizada, inclusive com a recuperação de parte dos prejuízos das administrações anteriores, “com o retorno de mais de R$ 30 milhões para a conta do Iper, e agilização da concessão de benefícios”. (C.C)