Cotidiano

Venezuelanos trazem benefícios ao comércio de RR

Compras feitas por venezuelanos no mercado local trazem bons efeitos a economia

Quem poderia imaginar ver venezuelanos lotando os supermercados em Boa Vista em busca de produtos alimentícios e de material de limpeza?
Em razão da crise econômica pela qual passa o país vizinho, esta tem sido a realidade do comércio local, ultimamente.

Na avaliação do deputado Brito Bezerra (PP), isso tem refletido positivamente para a economia de Roraima, aumentando, inclusive, a arrecadação de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

“A economia não só em Roraima, mas em todo o Brasil está reagindo. No nosso Estado, especialmente, devido ao descrédito do governo venezuelano e a falta de suprimento alimentício e de limpeza”, disse.

Ele rechaçou as críticas feitas por moradores de Roraima às compras de venezuelanos no comércio local e explicou que a alta no preço de alguns produtos acontece especialmente em Pacaraima, fronteira com a Venezuela, pela escassez de produtos e obedecendo à lei da oferta e procura, os preços se elevam.

“Mas os comerciantes do município já estão buscando comprar na capital para revender no interior. Não há nada de negativo nesse sentido”, afirmou.

A clientela venezuelana no mercado local tem gerado preocupação e a consequente crítica de brasileiros que moram em Roraima com receio de desabastecimento e a alta de preços nos produtos, mas Brito Bezerra afastou essa possibilidade.

“Quando há muita procura, há concorrência, e no Estado tem muitas empresas de distribuição de alimentos. Não há preocupação nem de racionamento, nem de elevação de preços”, destacou.

O parlamentar lembrou que, antes, a Venezuela era um país organizado para importar gêneros alimentícios e material de limpeza, e sobrevivia do alto preço do petróleo, base da economia daquele país. “Eles se organizavam e essas compras eram feitas no Brasil, mas em outros estados, e eram levadas em contêineres que chegavam à Venezuela para abastecimento do consumo.

Agora, com a desorganização política e econômica do país, compram em Roraima no varejo e não no atacado”, explicou.

Na opinião do deputado, essa desorganização venezuelana não traz descrédito para a relação comercial e traz benefício para economia roraimense.

“Antes compravam mil toneladas de frango; hoje, compram apenas uma tonelada, além de dez fardos de açúcar, 30 caixas de óleo”, ponderou, ao destacar que agora, pelo menos, Roraima deixou de ser corredor de exportação e passou a ser uma opção de fornecedor dos produtos.

Com infomações da Assembléia Legislativa