A Associação Grupo de Mães Anjos de Luz pede apoio às instituições governamentais e à população em geral para dar continuidade aos serviços oferecidos à sociedade. O local funciona como casa de apoio a pessoas com deficiência física e mental, que sofreram maus-tratos ou que não têm condições de buscar tratamento. As doações podem ser realizadas pelo número telefônico: 99122-4796; ou na sede da instituição, na Avenida Soldado PM João Alves Brasil, 115, bairro Caranã, na zona Oeste da Capital.
A coordenadora da Associação, Maria das Dores, disse que a demanda cresceu muito nos últimos anos. “Para se ter uma ideia, o projeto já atendeu a mais de 8 mil cidadãos. Por isso, pedimos às pessoas interessadas que nos ajudem com qualquer tipo de doação, seja de alimentos ou materiais higiênicos. Toda boa ação é bem-vinda”, afirmou.
Segundo a coordenadora, muitas pessoas com deficiência buscam tratamento e auxílio. “Nós atendemos os 15 municípios do Estado, além de comunidades indígenas. Atualmente, cerca de 50 pessoas são assistidas aqui, entre crianças, algumas com microcefalia, mulheres e idosos. Às vezes, esse número sobe ainda mais, dependendo da demanda”, informou.
A maioria das pessoas que buscam ajuda não tem condições financeiras para se tratar. “Esses cidadãos precisam da nossa ajuda, pois aqui funciona como uma casa de apoio. Os familiares, na maioria das vezes, não têm como cuidar e, por conta disso, deixam faltar medicamentos e alimentação. Outras vezes, as pessoas com deficiência sofrem maus-tratos e, por meio de denúncias, nós chegamos até a família e realizamos o trabalho de educação, tratamento e ressocialização dessas pessoas”, comentou.
Maria das Dores disse ainda que, além de encaminhar e ajudar com o tratamento, a instituição também busca os direitos dos cidadãos. “Daqui, nós os encaminhamos para os hospitais ou meios responsáveis, conforme a necessidade. Também ajudamos com a busca por benefícios, pois muitas pessoas não têm conhecimento de seus direitos”, frisou.
A instituição conta com o apoio de profissionais voluntários: conselheiros tutelares, psicólogos, assistente sociais, pediatras e enfermeiros. “Nós fazemos visitas às famílias junto aos profissionais. Por dia, recebemos de uma a três denúncias de maus-tratos, inclusive, fora da Capital. É uma situação em que precisamos nos deslocar e, às vezes, passar mais de um dia fora. Isso prova o quanto precisamos de recursos para dar continuidade aos trabalhos”, complementou a coordenadora. (B.B)