Polícia

Amazonense é preso suspeito de planejar atos terroristas

Manauara teria jurado fidelidade ao Estado Islâmico

Um homem foi preso na manhã desta quinta-feira (21) em Manaus (AM) sob suspeita de planejar atos terroristas para as Olimpíadas do Rio de Janeiro.

A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes. O homem teria ligação com o Estado Islâmico. As prisões ocorreram em 10 estados por meio da “Operação Hashtag”.

O nome do suspeito é Ali Oziris Lundi e teria se convertido ao islamismo recentemente. Informações dão conta de que ele teria entrado em contato com o EI pelo Facebook, onde teria jurado fidelidade ao islã, e estava sendo investigado há 3 meses. O homem teria trabalhado no Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).

De acordo com Sérgio Fontes, a SSP já tinha conhecimento das ações do homem, que não teve outros dados divulgados. O suspeito deve ser ouvido na sede da Polícia Federal, localizada no bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste da capital.

Prisões em 10 estados – A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (21) dez pessoas suspeitas de planejarem atos terroristas no Brasil. As prisões ocorrem 15 dias antes do início das Olimpíadas no Rio de Janeiro.

“De simples comentários sobre o Estado Islâmico, eles passaram para atos preparatórios, a partir do momento em que passaram para atos preparatórios, foi feita prontamente a atuação do governo federal realizando simultaneamente as 10 prisões desses supostos terroristas, que se comunicavam pela internet”, informou o Ministro da Justiça, Alexandre Moraes, em entrevista coletiva, em Brasília.

As prisões ocorreram durante a Operação Hashtag, criada com o objetivo de desarticular grupo envolvido na promoção do Estado Islâmico e na execução de atos preparatórios para a realização de atentados terroristas e outras ações criminosas. É a primeira operação policial após a publicação da Lei 13.260/2016.

Cerca de 130 policiais cumprem mandados judiciais expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba, sendo 10 prisões temporárias, 2 conduções coercitivas e 19 buscas e apreensões, nos estados do Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

Investigações – As investigações tiveram início em abril com o acompanhamento de redes sociais pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal – DAT. Os envolvidos participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e até mesmo no exterior. Uma ONG com atuação na área humanitária e educacional também é investigada por participação no caso.

Os investigados responderão individualmente, na medida de suas participações, pelos crimes de promoção de organização terrorista e realização de atos preparatórios de terrorismo, ambos previstos na Lei 13.260/2016. A pena para o primeiro crime é de cinco a oito anos de prisão, além do pagamento de multa. Para quem executa atos preparatórios, a pena varia de três a 15 anos de prisão.

Segundo o Ministro da Justiça, membros do Estado Islâmico teriam pedido para que esses indivíduos treinassem luta e manuseio de armas. As armas para um ato terrorista seriam adquiridas no Paraguai.

Com informações do portal a crítica