Cotidiano

Caixa Econômica anuncia alterações para financiamentos de imóveis

Mudanças incluem aumento da cota de subsídio para propriedades novas e usadas, além do custeio de habitações no valor de até R$ 3 milhões

A Caixa Econômica Federal anunciou mudanças no mercado de financiamento imobiliário, que entraram em vigor ontem, 25. Dentre as alterações estão aumento das cotas de subsídio para propriedades novas e usadas, em especial, para funcionários públicos e a expansão do custeio das habitações.

De acordo com o superintendente regional da Caixa, George Gress, as modificações foram motivadas por conta do contexto do mercado imobiliário e por conta da perspectiva de mudanças no índice de confiança do consumidor. “As pesquisas revelam que houve um aumento no índice. Isso representa que, a partir do segundo semestre, a economia tende a ter crescimento de demanda. Lógico que ainda vamos ter, no final do ano, um decréscimo de PIB (Produto Interno Bruto), mas a curva começa a mudar de direção. Com esse aumento, o mercado já verifica maior volume de negócios, de compra e venda. Outra razão é porque temos orçamentos significativos para aplicação nesse segundo semestre, que proporcionam direcionamento de recursos para esse mercado de imóveis de maior valor”, pontuou.

ALTERAÇÕES – As mudanças, que passaram a valer desde a segunda-feira, são voltadas basicamente para imóveis a partir de R$ 750 mil, que compõem o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). De acordo com o superintendente, o financiamento de imóveis, que costumava ser de até R$ 1,5 milhão, passou a ser o dobro da quantia, ou seja, de até R$ 3 milhões.

Outra alteração diz respeito à cota de financiamento para imóveis novos, que mudou de 70% para 80% do valor do bem. No caso de funcionários públicos, a cota de financiamento chega a 90% do preço do imóvel. No caso de imóveis usados, o financiamento passa de 60% para 70%, acrescentou Gress.

“É outra vantagem porque o cliente que compra um imóvel novo, de alto valor, geralmente já possui um imóvel de valor também significativo, só que inferior ao que ele pretende comprar. Quando é aumentada a parcela de financiamento do imóvel usado, você gera movimento no mercado, ou seja, fica mais fácil do proprietário vender o imóvel usado dele e comprar o novo financiado e assim por diante”, disse o superintendente.

Para quem tem operações do Interveniente Quitante, ou seja, quando o cliente que tem um imóvel financiado em outro banco e quer utilizar a propriedade na negociação de um novo, também houve alterações nos limites do financiamento, que passaram de ser 50% para 70%. “Isso também facilita e movimenta o mercado imobiliário, porque se antes havia uma limitação de 50% apenas de cota de financiamento, com 70% muito mais gente vai se predispor a comprar esse imóvel”, frisou.

O superintendente regional também deu informações sobre as taxas de juros disponíveis pela Caixa Econômica. Dentro do SFI, as taxas variam de 11,83% até 10,93% ao ano, mas reforçou que as menores taxas dependem do tipo de relacionamento do cliente com a empresa, por exemplo, caso ele possua conta salário com débito automático.

Além disso, Gress salientou que as linhas que trabalham recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) continuam com taxas de juros a partir de 5,5% ao ano, para imóveis de menor valor, variando até 8,16% ao ano. E do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que são as linhas que trabalham os imóveis acima do FGTS, tem taxas de juros variando de 10,68% até 9,52%.

Segundo Gress, agora os interessados poderão recorrer a qualquer agência da Caixa Econômica Federal para usufruir das alterações no SFI, bem como dos financiamentos que já são oferecidos. “A gente tem tipos de financiamentos distintos para todos os perfis, de necessidades em termos de renda da família e em termos dos valores dos imóveis. Não é por falta de recursos que o financiamento não vai acontecer”, ressaltou. (P.C)