Cotidiano

Na capital, cresce o número de larvas do mosquito transmissor da dengue

Agentes de endemias realizam inspeções a cada 15 dias, com borrifação de veneno

Continua o trabalho de vistoria, retirada e eliminação de depósitos no lixo doméstico das residências de Boa Vista. A ação é executada pela Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) e entidades parceiras como o Corpo de Bombeiros, Exército, além das secretarias municipais de Saúde e Urbanismo de Boa Vista. 
São retirados itens que poderiam servir de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya. Após 15 dias de trabalho, um problema passar a chamar a atenção das instituições que executam a ação: a presença de larvas do mosquito e de água parada em grande parte dos recipientes retirados e eliminados.
Conforme o gerente estadual do Núcleo de Controle da Dengue e Febre Amarela, Joel Lima, a população não deve esperar pela visita das equipes, e sim, desde já, reforçar a vistoria nas residência.
“É importantíssima a participação da comunidade nesse trabalho, pois logo quando começamos a ação, eram pouquíssimos os recipientes que estavam com água parada. Mas nos últimos dias, temos percebido o aumento no número de depósitos com água e com larvas do mosquito. E a população precisa estar alerta, pois, se forem esperar a visita dos agentes para fazer a higienização dos quintais, a larva já vai ter se transformado em um mosquito adulto, que estará voando, e aí está o perigo maior”, esclareceu.
Lima explica que foi montado um cronograma da visitas em todos os bairros de Boa Vista, e em alguns municípios prioritários. As equipes estão seguindo o cronograma e o índice de casas fechadas está dentro do esperado, no entanto é preciso esclarecer que esta ação é de controle e combate à proliferação do mosquito, e não de retirada de entulho dos quintais. 
“Em muitos casos, os recipientes são mantidos, porque orientamos a população sobre o armazenamento adequado, o que já resolve o problema. Não adianta retirar toda a sujeira do quintal, pois essa não é a função do mutirão, mas sim, manter a vistoria diária, para evitar o ambiente propício para a presença do mosquito”, enfatizou.
Até última terça-feira, 29, foram visitados 20 bairros, entre eles, Cidade Satélite, Psicultura, Jardim Primavera, Santa Teresa, União, Tancredo Neves, Caranã, Jardim Caranã, Cauamé, Senador Hélio Campos, Nova Cidade, Bela Vista, Operário, Aquilino Mota Duarte (Distrito Industrial), Pintolândia, Nova Canaã, Santa Luzia, Jardim Equatorial, Alvorada e Dr. Silvio Leite.
Ao todo, nestas áreas, foram vistoriados 60.251 imóveis, destes, foram eliminados (aqueles que não podem ser retirados, apenas armazenados da forma correta), aproximadamente 52.397 depósitos, e retirados dos quintais, cerca de 92.564 recipientes, que já deveriam estar no lixo.
ECOPONTO
Em relação aos pneus que não serão mais utilizados nem reaproveitados, a população pode utilizar o Ecoponto, local destinado ao recebimento de pneus que perderam totalmente a serventia. Ele funciona na sede da Superintendência de Serviços Públicos, localizada na avenida Brasil, nº 224, Pricumã, de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h e de 14h às 18h.
Para evitar o acúmulo de água e o surgimento de focos do mosquito da dengue e chikungunya, agentes de endemias realizam inspeções a cada 15 dias, com borrifação de veneno. 
“É preciso deixar bem claro que o mutirão de combate e controle do chikungunya, não tem a responsabilidade de fazer retirada de entulho dos quintais e sim a retirada e eliminação apenas dos possíveis criadouros do mosquito. No caso dos pneus, em especial, as pessoas que desejam descartar o material definitivamente, podem deixar no Ecoponto, para posterior repasse do material à empresa de reciclagem Rio Limpo, localizada em Manaus”, finalizou Lima.
REGISTROS
Até o momento foram confirmados sete casos da febre no Estado, todos importados, da Venezuela e da Guiana Inglesa, outros 20 são suspeitos e aguardam resultado da análise clínica e laboratorial de uma equipe de profissionais de saúde, que acompanham a evolução da doença em Roraima.
Posteriormente os exames serão encaminhados ao Instituto Evandro Chagas (IEC), para confirmação ou não.
Fonte: Ascom-Sesau