Roraima é o segundo estado da região Norte com o maior número de crianças que contraíram a doença, com 10 casos admitidos. O Tocantins aparece em primeiro, com 17 casos confirmados e em terceiro o Amazonas, com 8 casos.
No total, foram notificados 27 casos de microcefalia em Roraima, 13 foram descartados e 4 ainda estão sob investigação. Já em relação aos casos que evoluíram para óbito fetal ou neonatal, em Roraima, existe apenas um caso sob investigação. O resultado dirá se a doença causou, realmente, a morte da criança.
ZIKA VÍRUS
De 2015 a 2016, conforme a Secretaria de Saúde do Estado (Sesau), Roraima teve 69 casos confirmados de infecção pelo vírus da zika, sendo 53 deles em Boa Vista e 16 em Mucajaí. Outros 10 casos estão sob investigação e aguardam confirmação.
Com a chegada do inverno, a população roraimense deve redobrar os cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), informou que em 2016, em Boa Vista, foram notificados 76 casos de zika e 49 foram confirmados, 4 a menos do que apresentaram os dados do Governo.
Conforme SMSA, o resultado do Levantamento Rápido de Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa), realizado no período de 18 a 22 de julho de 2016, mostra que o Índice de Infestação Predial (IIP) na Capital foi de 11,8%, muito maior do que o índice apresentado em abril do mesmo ano, que foi de 0,6%.
O superintendente municipal de Vigilância em Saúde, Emerson Capistrano, disse que o aumento era esperado por conta do período chuvoso. “Historicamente, nesta época do ano, o índice sempre se mostra elevado. No ano passado, no mesmo período, o índice também alcançou mais de 10% de infestação”, informou.
Os bairros com maior incidência de infestação foram: 31 de março – 32,55%, Distrito Industrial – 29,1%, São Pedro – 28%, Asa Branca – 23,5%, Nova Canaã – 22,9%, Bairro dos Estados – 22,6%, Raiar do Sol – 20,9%, Aparecida – 20,1% e Buritis – 19%.
Em relação ao índice de criadouros, o levantamento aponta que 42,6.% das larvas de Aedes aegypti encontram-se em lixo, recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátio, ferro velho, entulhos e outros. “Por isso, precisamos avaliar os dados, organizar as frentes de trabalho e mobilizar a sociedade, principalmente nos bairros em que houve maior índice de infestação”, afirmou Capistrano.
O resultado preocupa as instituições governamentais, que pedem cuidados redobrados à população. “A participação de todos os cidadãos no combate ao Aedes aegypti é fundamental e uma luta conjunta, onde pequenas atitudes como armazenar o lixo da maneira correta, não deixar água parada e contribuir com a limpeza da cidade são atividades essenciais”, concluiu o superintendente municipal de Vigilância em Saúde.