Uma operação foi desencadeada pela Força Nacional na Vila do João, que faz parte do Complexo de favelas da Maré, zona Norte da Capital do Rio de Janeiro, no início da madrugada de ontem, dia 11, para prender os autores do ataque criminoso a uma viatura da Força Nacional em que três policiais foram surpreendidos com tiros, incluindo o policial militar de Roraima, Hélio Vieira Andrade, de 37 anos.
Carros blindados das Polícias Civil e Militar foram os primeiros a entrar na Vila do João para tentar encontrar cápsulas usadas por bandidos no mesmo local do atentado. Em entrevista à imprensa carioca, o delegado titular da Divisão de Homicídios da Capital (DH), Rivaldo Barbosa, afirmou que ainda não é possível confirmar de que arma partiu o tiro que atingiu a viatura. Segundo ele, durante a perícia, não foi encontrada nenhuma cápsula, nem perto do veículo e nem dentro da comunidade. Reforçou que o vidro lateral do motorista estava estilhaçado e há a possibilidade de um segundo tiro ter sido disparado.
Barbosa informou que vai buscar as testemunhas do crime e que vai ouvir os sobreviventes do ataque. A Delegacia de Homicídios assumiu o caso porque, inicialmente, havia a informação de que um dos policiais [Hélio Vieira] tinha morrido no ataque, o que não foi confirmado.
A operação tem apoio da Força Nacional e de militares das Forças Armadas que cercaram as principais entradas da favela. O caso foi destaque na imprensa internacional. Cerca de 200 homens, entre policiais federais, militares, civis e agentes da Força Nacional, participam das buscas pelas imediações do lugar dos disparos. Três caveirões, sendo do Bope, Choque e Polícia Federal, e uma retroescavadeira fazem incursão na comunidade. Um helicóptero ficou sobrevoando a área a 10 metros do chão.
Na manhã de ontem, o Portal dos Procurados lançou cartaz pedindo ajuda da população oferecendo R$ 2 mil por cada paradeiro dos principais chefes do Complexo da Maré: Thiago da Silva Folly, o TH; Alexandre Ramos do Nascimento, o Pescador e Paulo Sérgio Medeiros da Cunha, o Paulinho PL.
No início da noite de ontem, o jornal O Globo informou que Igor Barbosa Gregório, de 22 anos, tinha sido baleado e morto durante operação e que outras duas pessoas tinham ficado feridas. A informação, no entanto, não é confirmada pela Coordenação Geral de Defesa de Área (CGDA), que comanda todas as operações das Forças Armadas nos Jogos Olímpicos. (J.B)