Cotidiano

Após reivindicação ser atendida, servidores decidem não deflagrar greve

Os servidores do Quadro Geral reivindicam auxílio alimentação, progressões verticais e penosidade.

O Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo de Roraima (Sintraima) realizou, no final da tarde de ontem, 16, uma assembleia extraordinária no auditório da Central Única dos Trabalhadores em Roraima (CUT-RR) para definir se a classe deflagraria greve geral, o que não aconteceu.

O presidente interino do Sintraima, Antônio Leal, disse que houve uma discussão de todos os pontos reivindicatórios das categorias envolvidas, que decidiram por não iniciar o movimento grevista. “Debatemos tudo que está se passando no cenário atual e decidimos que, nesse momento, não é oportuno dar início à greve geral. Enquanto estávamos em reunião, chegou a informação de que o Governo do Estado regularizou uma das nossas reivindicações, que foi o adicional de qualificação. No entanto, ainda falta solucionar o restante”, contou Leal.

Segundo ele, ficou acertado que representantes dos servidores irão até a Secretaria de Gestão Estratégica e Administração (Segad) para dialogar com as autoridades sobre a possibilidade de fazer a inclusão da data base e outros pontos. “As negociações precisam continuar. De antemão afirmamos que caso as negociações não deem certo, iremos nos reunir novamente para lutar por nossos direitos”, afirmou.

Leal disse ainda que o Governo do Estado tem negociado de uma forma receptiva, no entanto, há certo desconforto por questões administrativas governamentais. “Os servidores estão cansados de esperar. Nossas reivindicações não podem ser atendidas amanhã ou depois, queremos providências hoje”, disse.

Além da data base, os servidores do Quadro Geral também reivindicam auxílio alimentação, progressões verticais e o retorno do benefício por penosidade. “São mais de 4 mil servidores que estão nessa situação. São representantes de vários setores administrativos do Estado, então, merecemos ser valorizados”, complementou.

O presidente interino do Sintraima finalizou pedindo sensibilidade ao Governo de Roraima. “O poder público deve respeitar os servidores que estão sendo prejudicados há 10 anos. Todas as outras categorias avançaram, mas nós não. O que queremos é a padronização dos benefícios e nivelação dos direitos do trabalhador. Precisamos respeitar aqueles que se dedicam ao desenvolvimento do Estado”, concluiu. (B.B)