Profissionais da área de enfermagem que atuam nas unidades de saúde do Estado realizam na próxima segunda-feira, 22, uma paralisação de advertência de 24 horas. Definida em Assembleia Extraordinária realizada no dia 10, na sede da Central Única dos Trabalhadores em Roraima (CUT-RR), a decisão foi confirmada pela entidade que representa a classe na manhã desta quarta-feira, 17.
De acordo com o presidente do Sindprer (Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado de Roraima), Melquisedek Menezes, a paralisação deverá iniciar pontualmente às 07 horas da referida data, devendo permanecer em funcionamento apenas 30% das atividades previstas por lei. A medida foi tomada após ausência de representantes do Governo do Estado na Audiência Pública Intersindical, realizada na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE), no dia 03.
“Na audiência, nós levamos algumas demandas comuns à discussão, como a da PL 257, que fala a respeito da renegociação da dívida do Estado com a União, a contemplação do auxílio alimentação para os servidores, a revisão geral anual, entre outras situações. Infelizmente, o Governo não enviou nenhum representante para discutir essas pautas com a categoria. Então, em assembleia, nós decidimos que vamos paralisar”, afirmou.
Outra questão que também tem deixado profissionais aflitos diz respeito a condições de trabalho dos trabalhadores no Estado. Segundo o sindicalista, muitos enfermeiros tem sentido de forma negativa o peso da sobrecarga de demandas das unidades de saúde.
“Nós necessitamos de condições de trabalho, justamente para prestar um atendimento digno para a população. Hoje, o que vem impactando no trabalho dos profissionais é a questão da falta de material, desde os mais simples até os de extrema necessidade, fora a falta de medicamentos básicos e de equipamentos”, frisou.
Caso não haja nenhuma resposta urgente por parte da Administração Estadual, a categoria deverá iniciar greve por tempo indeterminado a partir do dia 05 de setembro.
“Além da população, quem sofre com tudo isso é o profissional, que fica incapacitado de prestar um bom serviço, e que também acabam por adoecer, por conta dessa falta de compromisso. Infelizmente não há como continuar dessa forma”, complementou Menezes.