Política

Sandro Baré acredita que PMBV tem que trabalhar para todos

Para o candidato, administração municipal tem que focar nos moradores dos bairros mais afastados do Centro e da zona rural de Boa Vista

O segundo candidato a participar da série de entrevistas no programa Agenda da Semana, na Rádio Folha 1020 AM, no domingo, 21, para tratar sobre as eleições municipais, foi o candidato do Partido Progressista (PP) à Prefeitura de Boa Vista, o vereador Sandro Baré.

Sandro, que faz parte do mesmo partido da governadora Suely Campos, tem como premissa principal de campanha promover uma Prefeitura para todos os munícipes, com foco, em especial, nos moradores dos bairros mais afastados do Centro. “Hoje eu sou candidato a prefeito porque entendo que precisamos de uma Boa Vista justa para todos e não só para alguns. Tem que ser por inteiro. A qualidade de vida que hoje o Centro da nossa cidade tem, que tem que ter realmente, também tem que ser levada para os bairros mais afastados”, disse Baré.

Sandro acrescentou que pretende levar melhorias para os moradores da zona rural e das diversas comunidades indígenas em Boa Vista. “Se hoje a nossa periferia está abandonada, esquecida, imagina a zona rural! Eu, como vereador, visitei uma escola no Monte Cristo depois de uma denúncia de que lá nem água tinha para os alunos. Os estudantes levavam água congelada de casa, em garrafa pet, para poder beber. Agora, imagina nas comunidades indígenas, que são várias!”, questionou.

“Nós temos condição de manter tudo que Boa Vista tem de bonito e melhorar, levando essa qualidade para a parte da população que está abandonada, que está esquecida. Nós vamos cuidar das pessoas também, não é só pintar meio fio e plantar florzinha. Nós vamos cuidar das pessoas”, reforçou.

Dentre as medidas levantadas para melhoria do atendimento à população está a prioridade da implantação de serviços de saúde para crianças e idosos, conforme Sandro Baré. “Nós sabemos que a atenção básica de saúde, que é a parte preventiva da doença, é responsabilidade do município. Acontece que, quando o paciente não consegue marcar um exame ou receber uma orientação, segue para o Hospital Geral de Roraima (HGR) e lota a unidade estadual”, disse. “Hoje em dia os médicos da rede estadual vêm cuidando da parte preventiva e da parte de tratamento porque a Prefeitura não faz a parte dela”, acrescentou.

O candidato também fez críticas ao investimento de recursos no projeto da ciclovia que, a seu ver, deveriam ter sido destinados à saúde municipal. “Se você consegue fazer uma mobilidade urbana que custou R$ 68 milhões, por que não aplicou e priorizou a nossa saúde? Eu sou totalmente a favor da ciclovia, mas em locais estratégicos. O que acontece hoje é que na periferia da cidade, coloca-se a ciclovia em ruas estreitas, que podem causar acidente”, criticou.

“Nós temos a obrigação de construir um hospital na periferia da nossa cidade. Hoje, quando uma criança adoece, o pai de família às vezes não tem uma bicicleta para vir para o Centro, não tem nem o dinheiro para comprar o pão de manhã, imagina pegar um táxi para trazer um filho de madrugada para o Centro! Nós vamos buscar parcerias com nossos parlamentares federais e com os ministérios para realizar isso”, afirmou.

Outra proposta de Sandro Baré é o projeto do Imposto Predial e Territorial (IPTU) proporcional, como foco para os moradores que não usufruem dos serviços de asfalto e iluminação pública.

“Não pode um cidadão ser cobrado por um IPTU cheio quando o município não está oferecendo para ele o serviço que a lei prevê para que se cobre esse imposto. Como que pode um morador pagar pela iluminação, pela calçada, se não tem na sua casa e o IPTU ser o mesmo que o dos bairros que possuem todos esses serviços? O que não pode é ter essa injustiça social prejudicando o bolso das pessoas que mais precisam”, salientou.

As demais propostas de Sandro Baré são focadas para a melhoria da coleta de lixo nos bairros mais afastados do Centro; qualificação dos guardas municipais com investimento em ferramentas de segurança; melhor planejamento e aplicação de recursos; implementação de subprefeituras dentro dos bairros para aproximar o gabinete à população; qualificação de professores e da educação indígena; e apoio aos atletas roraimenses de diversos esportes. (P.C)