Na tarde de ontem, 28, policiais identificaram três presos suspeitos de matar um gato dentro da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo. Após despelar e cortar o animal, os detentos comeram a carne do gato em protesto à situação do sistema prisional.
Conforme informações da Central de Flagrantes do 5º Distrito de Polícia, para onde os acusados foram levados, os participantes do fato foram Edinilson Silva, Elissandro Batista e Daniel Batista. Eles foram identificados por meio de um vídeo, em que aparecem matando o animal, que foi compartilhado em redes sociais na noite de sábado, 27.
No vídeo, o preso, que tira a pele e corta partes do felino, reclama que está passando fome e necessidades, justificando a morte do animal para consumo. “Nós não queremos regalias não. Só queremos que nossos direitos, que estão na Lei de Execuções Penais (LEP), sejam cumpridos”, disse.
Conforme a polícia, os detentos devem responder por crime ambiental, mas não souberam dizer qual dos três foi quem tirou a vida do animal e quem fez o vídeo. Conforme nota enviada pela Secretaria de Comunicação do Governo (Secom), foi possível identificar os presos que praticaram o crime através das tatuagens que aparecem nas imagens da filmagem.
A nota ainda salienta que “não há falta de alimentação para os presos”. “Eles estavam se negando a comer porque queriam ficar soltos nas celas, sendo que a Lei de Execuções Penais prevê que o regime deles, semiaberto e fechado, deve ser cumprido nas celas e com horários delimitados de banho de sol”.
Informou ainda que, desde a manhã de ontem, as atividades na PAMC estão normalizadas. “Os reeducandos tomaram café, almoçaram e fizeram a limpeza da unidade”, ressaltou. (T.C)