Cotidiano

Pais cobram fim de reforma em escola

Preocupados com os filhos que estão perdendo aula, pais de alunos da Escola Genira Brito vieram para Boa Vista reivindicar término da obra

Pais de alunos da Escola Estadual Genira Brito, localizada no Municipio de Cantá, Centro-Leste do Estado, estiveram ontem na Secretaria Estadual de Educação (Seed) para tentar obter respostas quanto à paralisação da reforma do prédio que começou dia 5 de setembro deste ano e não teve continuidade. A unidade atende a 237 estudantes, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Conforme os pais, a instituição está com as aulas interrompidas por conta das obras e, com isso, estudantes estão com o ano letivo prejudicado. O servidor público Mizael dos Santos disse que um dos princiapais objetivos da comitiva é conseguir que reponham as aulas dos dois meses que a escola está fechada. “Resolvemos esperar passar essa época de eleições, mas, até hoje, nada foi feito e nossos filhos estão perdendo aula”, disse. Segundo ele, a escola passa por problemas de estrutura física há anos.
Conforme declarações dos integrantes do grupo, a escola recebeu oito centrais de ar-condicionado que nunca foram intaladas devido à rede elétrica imprópria para os aparelhos funcionarem. “As centrais de ar-condicionado estão guardadas em um depósito há cinco anos. Nunca o Estado tomou providências para realizar a adequação da parte elétrica. Na parte da tarde, as crianças sofrem nas salas de aula com o calor terrível que faz nesse período do dia”, frisou um dos pais.
Os manifestantes disseram que dentro do projeto de reparo da estrutura da escola, a instalação das centrais de ar estava prevista, mas os responsáveis pela empresa que executava os serviços, quando faltavam 15 dias para as eleições, pararam com as obras. “Então, nós nos reunimos em um grupo de pais dos estudantes da escola para reivindicar o término das obras. Temos direito de ver nossos filhos receberem uma educação de qualidade e em local adequado”, destacou outro pai de aluno.
MAIS PROBLEMAS – Além dos problemas com a reforma, não há ventiladores e bebedouros. Conforme o grupo, a Seed tentou localizar o dono da empresa Santa Júlia, responsável pelos serviços, para que, ao menos, sejam instalados ventiladores. Mas, até o momento, não conseguiram o encontrá-lo. “Os estudantes estão sem bebedouro. A secretaria não quer liberar um e, enquanto isso, os alunos morrem de sede durante o período em que estão na escola”, disse o pai.
Um professor da escola, Marcos Antônio, afirmou que a escola já está há 39 dias sem aula e que deixaram os reparos incompletos, por isso não há condições de retorno dos alunos para a sala de aula. “Nós não podemos retomar as aulas sem ter sequer um ventilador funcionando. Temos salas com aproximadamente 25 alunos e o calor é altamente prejudicial à concentração dos estudantes”, explicou.
SEED – A assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Educação informou que a DIEF (Divisão de Estrutura Física) comunicou que a escola recebeu reparos como pintura, troca de portas, revisão no telhado, intalações elétricas, hidráulicas e sanitárias.
Ainda segundo a assessoria, as aulas na instuição serão retomadas dia 10 de novembro e um calendário de reposição de aulas está sendo elaborado, conforme legislação em vigor e acordo realizado em reunião com os pais dos alunos feito na manhã de terça-feira passada. (T.C)