Os casos de violência no trânsito continuam sendo rotineiros no Estado, tanto nas rodovias quanto na sede dos municípios. No começo da noite de domingo, 11, o motociclista Andersandro Pereira da Silva, de 36 anos, sofreu um acidente grave no trecho norte a BR-174, após a tentativa de uma ultrapassagem. Ele bateu na parte lateral de um caminhão e teve lesões nos membros do lado esquerdo do corpo. Ao passar por cirurgia no Hospital Geral de Roraima (HGR), teve a perna amputada.
O mecânico trafegava em uma moto de alta cilindrada, modelo Yamaha XT 600, de cor preta. Com o impacto, o veículo ficou parcialmente destruído. De acordo com a esposa da vítima, Solimar Alves, o acidente aconteceu quando o marido retornava da região do Passarão, na zona rural, onde uma tia tem um sítio, mas não a encontrou e decidiu voltar para Boa Vista. Quando estava no trecho que compreende o loteamento Monte Cristo e a ponte do Rio Cauamé, tentou fazer uma ultrapassagem e colidiu com um caminhão.
“Ele foi ultrapassar dois carros que já estavam em alta velocidade, mas ele perdeu o controle na curva quando viu que um carro que vinha em sentido contrário, tentou voltar para a faixa, mas não conseguiu evitar o acidente. Pelas características, ele bateu na lateral do caminhão porque quebrou a perna e estraçalhou o cotovelo, comprometendo o lado esquerdo”, explicou a esposa.
Andersandro foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao HGR. “Assim que aconteceu o acidente, ele pediu que uma moça me ligasse e eu fui imediatamente para lá, inclusive fui eu quem acionou o Samu, porque as pessoas não estavam conseguindo. Ele ficou consciente o tempo todo e, quando cheguei ao local, já estavam fazendo a imobilização para removê-lo ao Pronto Socorro”, explicou Solimar.
Quando deu entrada na unidade de saúde, o homem ferido foi avaliado, passou por exames, incluindo um raio-x dos membros lesionados, para saber a gravidade das fraturas. Depois os médicos conversaram com a família sobre a possibilidade de amputação da perna esquerda. Quando foi encaminhado ao centro cirúrgico, a equipe médica fez uma nova avaliação e uma limpeza no local do ferimento exposto na perna. “O médico encontrou pedaços de mato e muita terra dentro da perna. Não tinha como fazer ligação dos tendões e outras partes rompidas. Aí ele comunicou à família que teria que amputar porque correria o risco de contrair uma bactéria e perder a perna toda”, destacou a esposa da vítima.
A família relatou que Andersandro consentiu em fazer a cirurgia. “A única coisa que ele pediu do médico foi que me informasse sobre a decisão. Eu entrei em crise, não aceitei no primeiro momento, mas o médico disse que era a única forma, então acabamos aceitando. O pai, a mãe, todos concordaram, mesmo causando um incômodo, que é normal”, esclareceu.
Os procedimentos cirúrgicos no braço e na perna foram realizados e, segundo a esposa, a vítima foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas já foi transferido para um leito ontem. Não tem data para receber alta do hospital. (J.B)