Cotidiano

Roraima lidera listas de mortes em rodovias e envolvendo motos

Roraima continua encabeçando as principais listas de mortes no trânsito, uma referente a motociclistas e outra que diz respeito a rodovias. No primeiro caso, o Estado aparece em segundo lugar no ranking de mortos por acidentes com motocicletas, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). A taxa é de 17,6 mortes a cada 100 mil habitantes. Perde apenas para o Piauí, que lidera a lista. São 21 óbitos a cada 100 mil pessoas.

No segundo caso, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou que Roraima lidera o ranking de estados brasileiros onde mais pessoas morrem em rodovias federais e estaduais. Conforme os dados da pesquisa, a cada 100 mil habitantes nove pessoas morrem nas estradas.

Somente no ano passado foram gastos R$ 40 bilhões com acidentes nas rodovias brasileiras, segundo a pesquisa. De acordo com os dados, o segundo Estado com maior número de mortes é o Mato Grosso, cuja população é seis vezes maior que a de Roraima.

O alto índice de acidentes envolvendo motociclistas pode ser associado ao tamanho da frota em Roraima. Dos 177 mil veículos registrados, 50% são motocicletas. No Hospital Geral de Roraima (HGR), os acidentes de trânsito representam mais de 50% das internações e os motociclistas são as vítimas mais frequentes.

Além de Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão estão entre os 10 estados com o maior índice de vítimas de acidentes com motos no País. O Amapá tem a menor taxa de mortalidade entre os motociclistas. São 0,8 mortes a cada 100 mil habitantes. Em 2013, oito pessoas morreram em acidentes envolvendo motocicletas naquele estado.

OMS – A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou relatório apontando que metade das mortes por acidentes no Brasil está nos três grupos mais vulneráveis no trânsito: pedestres (2%), ciclistas (4%) e motociclistas (23%). Estima-se que mais de 1,25 milhão de pessoas morrem, por ano, vítimas de acidentes de trânsito no mundo.

Segundo o novo relatório, o número de fatalidades se estabilizou e deve começar a cair agora, apesar de em alguns países, incluindo o Brasil, o trânsito estar cada vez mais perigoso.

Conforme o documento, num período de três anos, enquanto 79 países viram o número de vítimas do trânsito diminuir, outros 68 o viram crescer. O maior problema, afirma a OMS, está na África, onde a taxa de mortalidade é de 26,6 pessoas para cada 100 mil habitantes.

A Europa é a região do mundo onde o trânsito é mais seguro. Em países com regras mais rígidas, como Reino Unido, Suécia, Holanda, Noruega e Espanha, as mortes anuais por acidentes de trânsito são menores que 4 por 100 mil habitantes. (AJ)