Polícia

Motim de presos tem ligação com crime organizado

Os presos energizaram grades, quebraram cadeados e tocaram fogo em colchões após prisão de um dos líderes da facção criminosa PCC

O motim ocorrido hoje na Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo) ocorreu por conta da prorrogação da prisão de um dos lideres da facção criminosa conhecida como PCC (Primeiro Comando da Capital)

A informação foi confirmada em nota pela Sejuc (Secretaria Estadual de Justiça e da Cidadania) que explicou que por determinação judicial, Lira ficará por mais 30 dias na prisão em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado).

Na folha de antecedentes criminais de Evaldo Lira Almeida, vulgo “Medalha” e/ou “Cu de Boi”, constam anotações pela prática dos crimes de roubo e homicídio, além da condenação pela prática do crime de tráfico de drogas.

Lira é integrante do PCC “batizado” na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo, desde março de 2014, sob a matrícula n.º 8532 segundo denúncia feita pelo GAECO ( Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual .

“Ao tomar conhecimento de que Lira não retornaria à unidade prisional no dia de hoje (sexta-feira, 16), os demais reeducandos iniciaram um motim quebrando 200 cadeados das celas e ficaram soltos nas Alas 12, 13, 14 e 15, todas do regime fechado” informou a nota.

Na tentativa de conter a ação das forças de segurança, eles queimaram colchões e usaram fios da rede elétrica para energizar as grades. De imediato, todas as forças de polícia do Estado, em conjunto com o GIT (Grupo de Intervenção Tática) foram acionados para reestabelecer a ordem na unidade.

A energia da unidade foi desligada e as equipes de segurança adentraram nas alas para restabelecer a ordem na unidade prisional e recolocar os internos nas suas devidas celas. A ação encerrou por volta das 15h30 e foi acompanhada pelo promotor de justiça, Carlos Paixão, do Ministério Público Estadual (MPRR).

“Com a situação controlada, a direção da unidade está investigando os fatos para aplicar as devidas sanções aos envolvidos, caso seja comprovada a correlação” concluiu a nota.