Cotidiano

Paranaense procura por mãe desaparecida há dezesseis anos

A paranaense Valdirene Dalci Kuayt, 42 anos, há 16 anos procura pela mãe, Darci Jerônimo Til, de 62 anos.  O desencontro ocorreu ainda criança, quando a família morava no município paraguaio de La Paloma, na divisa com o Paraná, e a mulher deixou os filhos e o marido para viver com outro homem.

Depois de perder contato com a mãe, a paranaense se mudou com o pai e os dois irmãos para o Estado de Mato Grosso do Sul. “Minha mãe conheceu um rapaz que trabalhava com meu pai, foi embora e nos deixou. Depois que nos mudamos, perguntávamos por ela, mas meu pai só dizia que ela havia ido embora”, disse.

A paranaense se mudou com o marido para Roraima há 16 anos e, desde então, iniciou a busca incessante pela mãe. “Depois que tive minha filha passei a ter o interesse de encontrar ela. Fui a vários órgãos de Boa Vista para tentar saber se minha mãe ainda estava viva, mas passei muito tempo sem encontrar informações. Até que, depois de ir ao departamento de trânsito, puxei o nome dela e descobri que ela era habilitada”, relatou.

A filha contou que, mesmo após descobrir que a mãe estava viva, teve dificuldades em conseguir informações sobre o paradeiro. “Informaram, nos órgãos que fui, que precisava de uma medida judicial para obter informações pessoais. Eu sei que ela está viva, porque consegui puxar nos registros de óbito que o nome dela não constava”, disse.

A paranaense afirmou que chegou a retornar ao Paraguai em busca da mãe, mas também não obteve sucesso. “Eu voltei no município onde morávamos, lá no Paraguai, e já percorri alguns estados para tentar encontrá-la, mas não consegui”, lamentou.

Ela afirmou que, mesmo tendo sido abandonada pela mãe, a perdoaria. “Eu quero muito encontrar ela, mesmo que ela tenha nos abandonado. Quem nunca se apaixonou ou errou na vida? Ainda tenho esperança de encontrá-la e, se ela precisar de minha ajuda, cuidarei dela com maior amor e carinho. Se encontrasse ela daria o maior abraço e diria que a amo muito e queria chamá-la de mãe pela primeira vez”, frisou. (L.G.C)