O estado de conservação da BR-210 preocupa. A rodovia interliga todos os municípios na região Sul do Estado. O trecho mais perigoso, com buracos e pontes de madeira danificadas, fica no Município de São Luiz do Anauá, a pouco mais de 300 quilômetros da Capital pela BR-174. Antes da ponte sobre o Rio Anauá, na Vila do Novo Paraíso, a rodovia federal deu lugar a uma estrada de piçarra cheia de “armadilhas”. Os buracos não param de fazer vítimas.
Quem transita pela região cobra a recuperação da rodovia. Os moradores alegam que a estrada vira um atoleiro quando chove e que, no verão, as crianças adoecem com a poeira. Mas a preocupação deles mesmo é com os acidentes de trânsito, alguns com mortes.
A BR-210, também conhecida como Perimetral Norte, é uma rodovia federal transversal brasileira projetada para atender aos estados de Amazonas, Pará, Amapá e Roraima. Até hoje, somente foram implantados trechos nos dois últimos estados citados.
Em Roraima, a BR-210 possui hoje 412 quilômetros, saindo do rio Jatapu, no município de Caroebe, Sudeste do Estado, à Missão Catrimani, em Caracaraí, a Centro-Sul de Roraima. Muitos trechos estão em estado crítico de conservação. A rodovia liga os municípios de Caroebe, São João da Baliza, São Luiz do Anauá e Caracaraí, além de diversas vilas. No trajeto roraimense, ela intercepta as federais BR-174 e BR-432, as estaduais RR-460 e RR-344, além de diversas estradas vicinais. (AJ)
Pontes de madeira ameaçam desabar
Pontes de madeira na BR-210 estão com a estrutura danificada. Quem transita com frequência pela rodovia reclama das condições e pede providências. A ponte antes do município de São Luiz do Anauá, por exemplo, está com várias tábuas quebradas e as vigas de sustentação cheias de cupim.
A Folha esteve neste final de semana no Sul do Estado e constatou a denúncia. A ponte de madeira antes da Vila Moderna, também conhecida como “Km 500”, está totalmente danificada. Pior: há buracos grandes nas cabeceiras, o que traz mais riscos aos condutores.
Agricultores relataram que vários acidentes já ocorreram no local. No mês passado, um motociclista teria batido no buraco na cabeceira da ponte e caído no córrego, seco e com pedras. Ele quebrou um braço e teve várias escoriações.
SEM CONTATO – A Folha tentou várias vezes, ontem à tarde, obter uma resposta do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Roraima, responsável pela recuperação das pontes nas rodovias federais, mas ninguém atendeu às ligações feitas aos números convencionais e celulares. (AJ)