Cotidiano

Obra abandonada será retomada e concluída no 1º semestre de 2017

Local que abriga prédio onde seria o Viva Juventude será transformado em centro de convivência da família

A obra de implantação do “Viva Juventude”, projeto voltado para atendimento de jovens em situação de vulnerabilidade e que havia sido iniciado no governo de José de Anchieta, em 2014, estava parada há quase três anos. O investimento, localizado na rua Topázio, no bairro Jóquei Clube, recebeu recursos de cerca de R$ 6 milhões e já contava com alguns setores concluídos, como a quadra esportiva e piscina. No entanto, de acordo com os moradores da região, a obra foi abandonada e causa transtornos à população.

A equipe de reportagem da Folha esteve no local e constatou que o prédio apresentava sujeira, mato alto, com pontas de cigarro e até indícios de uma fogueira. “Está todo depredado, quebraram tudo, levaram até os vidros. A água da piscina está esverdeada, parece uma lama, deve ter sapo mutante aí dentro. Também tinha gente morando aí, gente de ‘galera’. Tinha bastante coisa feita, mas simplesmente parou”, reclamou um dos moradores do bairro.

Outra situação preocupante levantada pelos moradores foi em relação à segurança do bairro. “Tinha um portão ali na frente e de noite não podia passar ninguém ali na frente, se não te assaltavam”, disse uma moradora. “Levaram as cadeiras do quintal, arrombaram a nossa casa, levaram dois notebooks daqui de dentro de casa”, revelou um morador.

No entanto, os moradores salientaram que recentemente iniciou um serviço de vigilância do prédio. “Realmente tava bem ruim, mas agora começou a funcionar uma vigilância aí, no horário da noite, então, não tenho visto mais gente rondando”, informaram.

Conforme o Governo do Estado, a vigilância foi retomada no local em razão do início da recuperação das obras do prédio, onde seria instalado o “Viva Juventude”. De acordo com a secretária de Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), Emília Campos, apesar de a obra estar parada há alguns meses, o Governo do Estado já vinha trabalhando para a retomada do prédio. “No momento em que nós entramos (no Governo), a obra já estava parada havia alguns meses. Nós, então, procuramos a empresa que foi a vencedora da licitação e a empresa desistiu de dar continuidade à obra. A partir daí, nós tivemos que retomar o levantamento do que a empresa tinha executado, onde a obra tinha parado, para ter um orçamento do que a gente precisava licitar mais uma vez”, explicou.

Segundo Emília, o Governo fez uma análise para evitar gastos de recursos desnecessários, principalmente em razão da crise econômica em que o País se encontra. “Baseado nisso, nós estudamos o projeto, enxugamos alguns itens que nós julgamos desnecessários, para que o projeto ficasse mais barato, em função de todo o contexto financeiro do Estado. No caso do projeto, por exemplo, tinha um item de R$ 300 mil para ser investido somente com a parte do gramado, então, esse item foi reduzido”, esclareceu a secretária. Já no mês de outubro, o projeto vai ser licitado para ser finalizado. A expectativa é que a obra seja concluída no primeiro semestre de 2017. (P.C)

Governo implantará Centro de Qualificação Técnica para jovens, adultos e idosos
 
Apesar do planejamento de retomar a obra do prédio, o projeto deixará de ser focado somente aos jovens roraimenses em situação de risco, segundo a secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social. “O governo Suely Campos vai transformar aquela obra no centro de convivência da família”, disse Emília.

“O nosso objetivo é instalar oficinas de qualificação na área de gastronomia, corte e costura, aula de música e de esporte, entre outros serviços. Vamos ampliar esse leque. Nós não vamos atender especificamente a juventude, mas a família como um todo. Até porque é um investimento de mais de R$ 6 milhões”, reforçou. Segundo Emília, a previsão é que a governadora Suely Campos anuncie a medida oficialmente em breve, junto com o nome do novo projeto.

A intenção atual, conforme a secretária, é investir justamente na geração de renda das famílias. “A nossa intenção é oferecer cursos tanto para as mães quanto para os pais e para os jovens. Nós queremos fazer um projeto que não atenda somente o lado social da convivência, do vínculo com a família, mas também contemple a área da geração de renda”, reforçou.

Outro ponto levantado pela secretária é a premissa de que o novo projeto não se torne oneroso para o Governo do Estado. “A nossa intenção é que seja um centro que funcione de forma sustentável administrativamente”, afirmou.(P.C)