Cultura

Fisioterapia durante a gestação traz benefícios para a mãe e o bebê

A companhia de um fisioterapeuta na gravidez ajuda as mamães a passar pelas mudanças do corpo na gravidez e até aliviar a dor

A gestação ocasiona transformações emocionais, físicas e psicológicas em uma mulher, a companhia de um fisioterapeuta na gravidez e até momentos antes do parte ajudam as mamães a passar por essas mudanças e até aliviar a dor.
A fisioterapia pode proporcionar mais qualidade de vida para a mãe e o bebê, além de contribuir para melhorar a circulação sanguínea, o equilíbrio corporal e postural, como também prevenir transtornos circulatórios (inchaço), diminuir desconfortos intestinais, aliviar dores na coluna e músculos, entre outros. A atenção do fisioterapeuta no pré-parto auxilia a mulher a lidar com as adaptações fisiológicas ocorridas durante a gravidez e no preparo da musculatura do assoalho pélvico, que será utilizada durante o parto.
De acordo com a fisioterapeuta Francieli Romano, é necessário que a mãe saiba lidar com a nova fase. “Como papel fundamental do processo de adaptação, a fisioterapia na gravidez previne disfunções, ameniza as dores do parte, promove saúde e bem-estar da mãe e do bebê. É comum durante a gestação surgirem dores nas pernas e nas costas, principalmente, quando acompanha um descondicionamento físico da mãe” explicou.
Segundo ela, ganho de peso é o principal fator para o tensionamento e dor na região lombar. “ A fisioterapia ajuda na prevenção de algumas doenças comuns ao período, como a diabetes gestacional, diminuição de dores, cansaços e inchaços, refletindo na sua melhor qualidade de vida” completou.
Uma das principais funções da fisioterapia é preparar o corpo da mãe para o parto. Um bom controle sobre a musculatura de períneo associado a alguns exercícios respiratórios previamente treinados ajudarão na melhor participação da mãe e a qualidade do parto normal.
Existem diversas opções e modalidades de atividades físicas que favorecerão a gestante e o bebê durante o período gestacional e também no pós-parto. Dentre as práticas mais orientadas e adotadas estão: caminhadas (livre e na esteira), pilates, natação e hidroginástica.
A fisioterapia já pode ser iniciada ao final do primeiro trimestre gestacional, sempre focando no motivo pelo qual a mulher buscou essa assistência. As principais queixas são: dor lombopélvica, Síndrome do Túnel do Carpo (STC), edema (inchaço) em membros inferiores, cãibras, dor nas costelas, desconforto respiratório, incontinência urinária.
Na companhia do especialista, a gestante pode aprender Técnicas de relaxamento muscular com manipulações e mobilizações com o intuito de aliviar as tensões musculares que porventura causem desconfortos. E também,  massagens terapêuticas, compressas frias e/ou mornas e acupuntura.
“Esses exercícios acompanhados do especialista deixam a mamãe mais segura e relaxada para enfrentar as contrações” ressaltou a Francieli.
Gestantes consideradas de risco (diabetes gestacional e hipertensão) também podem se submeter à fisioterapia pré-parto; para isso, porém, é necessário supervisão criteriosa do obstetra.
“Vale ressaltar que não cabe ao fisioterapeuta a fazer que a gestante a não sentir incômodos na gravidez, e sim ensinar a cada mulher as estratégias respiratórias pessoais preexistentes, utilizadas em outras situações de dor e estresse, objetivando um relaxamento durante o trabalho de parto” comentou.